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Paulo Paim

As consequências de não agir podem ser trágicas

29 de maio de 2020

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A ampliação do seguro-desemprego e do auxílio emergencial são essenciais para socorrer os milhões de brasileiros que estão no limite da dignidade

O tempo presente nos incita à ação coletiva em defesa da vida e do bem-estar da população. As consequências de não agir podem ser trágicas. Como diz o filósofo e psicanalista Slavoj Zizek: “o amanhã que é futuro do ontem pode já ser hoje”.

Cada vez mais, o país se isola do mundo e levanta muralhas de dentro para fora, atiçando discórdias e intolerâncias. Há uma crise sanitária, social, econômica e política sem precedentes na história brasileira.

Não podemos deixar que a omissão bata à nossa porta. No silêncio, encontram-se não só os segredos da verdade, mas também o amparo dos covardes e infelizes. Há de se agir, urgentemente, com a mais profunda inspiração humanitária, democrática e de respeito aos direitos humanos.

Milhares já morreram devido à pandemia da covid-19. Ainda pagaremos um alto preço pelas fanfarrices e despotismo de quem governa o país ao estilo dos césares de Roma. Infelizmente, outros conterrâneos nossos terão suas vidas ceifadas. A Organização Mundial da Saúde já aponta a América do Sul como o novo epicentro do planeta, destacando o Brasil como país mais preocupante.

Especialistas e institutos de pesquisa admitem que o desemprego, a pobreza, a miséria e a fome irão atingir patamares nunca vistos antes. Onde vamos parar? Urge não só a necessidade de planejamento a médio e longo prazo, mas também para o agora.

Paulo Paim

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