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O italiano Paolo Giordano, autor do livro “No contágio”, escreveu que esta pandemia nos revelou a complexidade do mundo, de suas lógicas sociais, políticas, econômicas, interpessoais e psíquicas.
Penso que os países são micromundos, cada um com suas características, detalhamentos, pensamentos, filosofia, visão de sociedade, cultura, arte, diversidades e diferenças. Mas há toda uma conexão de relações humanas no planeta, do individual ao coletivo, até mesmo espiritual. Só vamos sair desta crise se houver solidariedade mundial.
O Brasil precisa compreender que os nossos problemas são estruturais, desumanos. Precisamos de uma força muito grande para continuar perseverando em busca de mudanças necessárias. Se antes da pandemia ocorriam sérios problemas, eles, agora, se tornaram mais visíveis, principalmente no cenário social, que trata diretamente com a vida das pessoas.
Temos 45 milhões de trabalhadores na informalidade, sem direito social e trabalhista algum. Em seis meses, mais de 10 milhões perderam o emprego.
O alto custo de vida está fazendo com que as pessoas deixem de comer, de se alimentar dignamente. De uma hora para outra, os preços foram às alturas: carne, arroz, feijão, óleo, luz, gás.
Paulo Paim
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