‘Se só gastar mais resolvesse o social, a solução estaria pronta’
Marcelo Roubicek
19 de dezembro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h51)O ‘Nexo’ conversou com Daniel Couri, da Instituição Fiscal Independente, sobre a PEC da Transição e o que está em jogo no debate macroeconômico às portas de 2023
Beneficiária do Auxílio Brasil segura cartão do benefício social
A PEC da Transição – que amplia despesas acima do teto de gastos e deve ser votada na Câmara na terça-feira (20) – deverá atender à população mais vulnerável no curto prazo. Mas os efeitos positivos só serão duradouros se o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva encontrar os rumos da sustentabilidade fiscal . É o que disse ao Nexo o economista Daniel Couri, diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente).
No raciocínio de Couri, o caminho para acertar as contas públicas passa por ajustes na despesa e na receita. Pelo lado da despesa, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já disse que irá priorizar a formulação de uma nova regra fiscal para substituir o teto de gastos . A norma que limitava a despesa a um nível pré-determinado passou a valer em 2017 e teve sua credibilidade corroída por diversos dribles no governo de Jair Bolsonaro.
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