‘Fracasso do golpe na Bolívia é ilusão de democracia forte’
Marcelo Roubicek
29 de junho de 2024(atualizado 30/06/2024 às 21h04)Thiago Rodrigues, professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense, diz ao ‘Nexo’ que ‘quarteladas’ estão em baixa, mas rupturas florescem por outros meios na América Latina
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Protesto em favor de Luis Arce e contra o golpe militar em La Paz, na Bolívia
A tentativa frustrada de golpe na Bolívia na quarta-feira (26) é um indício de que as quarteladas — rupturas democráticas feitas com tanques e tropas na rua, frequentes na história da América Latina — são cada vez menos toleradas no atual contexto político internacional. Mas o fracasso da incursão não implica que a democracia na região esteja fortalecida.
É o que disse ao Nexo Thiago Rodrigues, professor de relações internacionais da UFF (Universidade Federal Fluminense).
A Bolívia enfrentou horas de tensão na quarta-feira, quando tropas lideradas pelo ex-comandante do Exército Juan José Zúñiga tentaram tomar o poder. Militares cercaram o palácio na capital La Paz, atingiram o prédio com um veículo blindado e invadiram o local.
Durante a mobilização, o presidente Luis Arce empossou três novos comandantes militares e pediu para que o povo boliviano fosse às ruas para defender a democracia. Enquanto isso, líderes bolivianos e de outros países emitiram comunicados condenando a tentativa de golpe.
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