‘Não é uma ideia radical que pessoas na prisão devam estudar’
Mariana Vick
01 de setembro de 2024(atualizado 02/09/2024 às 22h01)Baz Dreisinger, acadêmica e ativista americana por educação superior para pessoas encarceradas, fala ao ‘Nexo’ sobre o lançamento no Brasil de rede global que busca ampliar iniciativas sobre o tema
Detentas do Presídio Feminino do Distrito Federal
Se para a maioria das pessoas a educação dá acesso a oportunidades transformadoras de trabalho e realização pessoal, para quem está encarcerado ela é ainda mais relevante: “dá às pessoas um novo senso de si mesmas, um senso de inclusão numa sociedade da qual têm estado majoritariamente excluídas”, segundo Baz Dreisinger, fundadora da organização Incarceration Nations Network e professora na Universidade da Cidade de Nova York.
Ainda raros no sistema prisional brasileiro — que hoje tem mais de 800 mil pessoas encarceradas, mas apenas 16% matriculadas em algum curso educacional —, os programas de educação universitária em prisões reduzem a reincidência e se contrapõem ao contexto de superlotamento, degradação e violência nesses espaços, mas há resistências à sua implementação.
3.000
pessoas privadas de liberdade no Brasil fazem algum curso superior ou técnico profissionalizante, e o restante (daqueles que estudam), cursos de alfabetização, de ensino fundamental e médio
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