‘Candidato não pode ser só antissistema para ganhar eleição’
Mariana Vick
22 de setembro de 2024(atualizado 23/09/2024 às 22h43)O ‘Nexo’ conversou com Fernando Abrucio, doutor em ciência política e professor na FGV de São Paulo, sobre os principais eixos para ler as eleições municipais de 2024
Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB
Apesar da atração de parte do eleitorado brasileiro com o discurso antissistema, candidatos que exageram essas ideias ou constroem sua imagem unicamente a partir delas tendem a não conquistar a maioria dos votos, segundo Fernando Abrucio, doutor em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo) e professor na FGV (Fundação Getulio Vargas) São Paulo.
Abrucio conversou com o Nexo sobre o episódio da cadeirada do candidato à prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) contra o adversário Pablo Marçal (PRTB) no debate de 15 de setembro na TV Cultura, que gerou repercussão negativa para o coach depois de ele ter tentado compará-la à facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofreu em 2018.
Para ele, Marçal tornou o discurso antissistema mais virulento que em eleições anteriores, protagonizadas por candidatos como Bolsonaro e o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo João Doria. “Mas o feitiço virou contra o feiticeiro”, disse. “Acho que ele exagerou demais no vestuário antissistema, e, com isso, enfraqueceu o antissistema.”
Abrucio falou sobre esse e outros pontos que ajudam a entender as eleições municipais de 2024. Temas como o peso do centrão nas disputas, o papel do bolsonarismo e do lulismo, a entrada do crime organizado e a popularidade de prefeitos como Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB) aparecem na entrevista. Leia abaixo.
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