A Olimpíada do Rio mostrou que sexismo na cobertura esportiva não fica mais sem resposta
Ana Freitas
24 de agosto de 2016(atualizado 28/12/2023 às 23h16)Abordagens da mídia nas competições femininas continuam ressaltando aspectos que nada têm a ver com o desempenho das atletas. No entanto, dessa vez, a audiência não se calou
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Simone Biles, ginasta norte-americana, foi uma das atletas de mais destaque na Olimpíada; mesmo assim, um jornal americano a confundiu com outra atleta em uma foto
Durante a Olimpíada do Rio, um tweet de Nancy Leong, professora de direito da Universidade de Denver, nos EUA, teve quase 40 mil compartilhamentos. Ela publicou uma foto de um jornal. Em letras grandes, lia-se “Phelps consegue prata nos 100 metros borboleta”. Embaixo, com menos destaque, “Ledecky bate o recorde mundial nos 800 metros livres feminino”.
A professora comentou o recorte com uma observação irônica. “Essa manchete é na verdade uma metáfora para tudo no mundo”, escreveu. Ela criticava o fato de que a medalha de prata de um atleta homem pareceu, para o jornal, mais importante do que o ouro e a quebra de um recorde mundial por uma atleta mulher.
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