O que há de político na defesa presidencial da cloroquina
Guilherme Henrique
07 de abril de 2020(atualizado 28/12/2023 às 04h45)Medicamento que ainda não teve eficácia comprovada no tratamento da covid-19 tem aparecido com cada vez mais frequência no discurso de Bolsonaro
Durante entrevista coletiva no dia 21 de março, Bolsonaro defendeu produção em larga escala da cloroquina
A recusa de Luiz Henrique Mandetta em assinar um decreto pela liberação da cloroquina para tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, na noite desta segunda-feira (6), pôs o ministro da Saúde mais uma vez em oposição a Jair Bolsonaro. Mesmo sob o risco de ser demitido, Mandetta não tem endossado a utilização do medicamento, que é adotado em casos graves da doença em alguns hospitais do país mas ainda não teve a eficácia no combate ao coronavírus comprovada por estudos.
O presidente, por sua vez, tem defendido o remédio em repetidas declarações à imprensa e também em suas redes sociais. A aposta na cloroquina acontece ao mesmo tempo em que Bolsonaro se posiciona contra medidas de enfrentamento à pandemia que são praticamente consenso entre autoridades sanitárias e especialistas, como o distanciamento social.
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