Decotelli mal entrou e já saiu: os currículos e as trocas do governo
Isabela Cruz
30 de junho de 2020(atualizado 28/12/2023 às 12h47)Pressionado a pedir demissão depois de ter o Lattes contestado, nomeado por Bolsonaro para o Ministério da Educação deixou o governo antes mesmo de tomar posse
Carlos Alberto Decotelli em entrevista
Cinco dias depois de ter sido nomeado como novo ministro da Educação, o economista Carlos Decotelli pediu demissão na terça-feira (30). A queda relâmpago ocorreu após sucessivos apontamentos de erros em seu currículo. Terceiro nome da pasta a ser oficializado pelo presidente Jair Bolsonaro no cargo, Decotelli não chegou sequer a ter uma cerimônia oficial de posse.
Decotelli substituiria Abraham Weintraub num momento de crise política do governo. Weintraub havia defendido a prisão de ministros do Supremo e chamado-os de “vagabundos” numa reunião realizada no Palácio do Planalto. Acuado por inquéritos no tribunal, Bolsonaro apostava na substituição como forma de apaziguar os ânimos entre os Poderes. Visto como moderado, Decotelli aplacaria a influência no MEC do polemista Olavo de Carvalho, a quem tanto Weintraub como seu antecessor, Ricardo Vélez Rodríguez, eram ligados.
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