A mobilização do PIB nacional contra as ameaças de Bolsonaro
Isadora Rupp
05 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h17)Manifestos vêm sendo divulgados desde 2020, mas defesa do sistema eleitoral consegue adesões de maior peso, incluindo antigos entusiastas do governo
O presidente do banco Credit Suisse, José Olympio Pereira
No primeiro semestre de 2020, manifestos em série foram lançados em defesa da democracia, num momento em que o presidente Jair Bolsonaro, amargando derrotas no Supremo e sob pressão de inquéritos criminais, atacava o tribunal e ameaçava uma ruptura institucional. No primeiro semestre de 2021, foi a vez de cobranças por ações efetivas do governo contra a pandemia e contra os retrocessos ambientais . Agora, neste começo de segundo semestre, as elites econômica e intelectual brasileiras voltaram a se unir numa carta aberta em defesa do sistema eleitoral , atacado de forma recorrente pelo presidente da República.
A adesão de nomes de peso do PIB nacional, incluindo ex-apoiadores de Bolsonaro, desta vez é maior. No texto publicado em jornais na quinta-feira (5), os signatários dizem que “a sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias”. A iniciativa ocorre paralelamente a atitudes do Judiciário contra o presidente, que por causa de acusações sem prova de “fraude” em eleições e ameaças de melar a disputa de 2022 passou a ser alvo de um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral e virou investigado numa terceira frente no Supremo: o inquérito das fake news.
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