Expresso

Como o bolsonarismo sai forte das urnas no primeiro turno

Cesar Gaglioni

02 de outubro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h46)

Figuras ligadas ao presidente, entre ex-ministros e apoiadores fiéis, tiveram bom desempenho tanto para o Senado quanto para a Câmara, de Damares Alves a Ricardo Salles. Candidatos a cargos a governador têm bom desempenho

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FOTO: ADRIANO MACHADO/ REUTERS

Damares Alves (Republicanos)

Damares Alves (Republicanos)

Figuras aliadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) obtiveram vitórias significativas nas urnas neste domingo (2). Ex-ministros como Damares Alves e Ricardo Salles, aliados fiéis como Magno Malta e Carla Zambelli, além do vice-presidente Hamilton Mourão, garantiram vaga no Congresso.

O PL, partido de Bolsonaro, obteve oito vagas no Senado , tornando-se a maior bancada. Em 2022, um terço dos senadores, que têm mandato de oito anos, foi renovado. Na Câmara, o PL foi o partido que mais cresceu.

Neste texto, o Nexo mostra os resultados de bolsonaristas e também de ex-bolsonaristas, que se afastaram do governo e passaram a ser chamados de “traidores” pelos apoiadores do presidente.

Aliados

Entre aliados de Bolsonaro que concorreram a vagas nos governos estaduais e nos Legislativos estaduais e federal, veja nomes eleitos:

  • Damares Alves (Republicanos), ex-ministra dos Direitos Humanos. Concorreu ao Senado pelo Distrito Federal e foi eleita.
  • Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura. Concorreu ao Senado pelo Mato Grosso do Sul e foi eleita.
  • Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Ciência. Concorreu ao Senado por São Paulo e foi eleito.
  • Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente. Concorreu ao cargo de deputado federal por São Paulo e foi eleito.
  • Eduardo Pazuello (PL), ex-ministro da Saúde. Concorreu ao cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi eleito.
  • Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente. Concorreu ao Senado pelo Rio Grande do Sul e foi eleito.
  • Eduardo Bolsonaro (PL), filho do presidente. Foi reeleito deputado federal em São Paulo.
  • Magno Malta (PL), pastor, aliado do presidente. Foi eleito senador no Espírito Santo.
  • Bia Kicis (PL), parlamentar apoiadora de Bolsonaro. Foi reeleita deputada pelo Distrito Federal, com o maior número de votos.
  • Carla Zambelli (PL), parlamentar apoiadora de Bolsonaro. Foi reeleita deputada por São Paulo.
  • Osmar Terra (MDB), ex-ministro da Cidadania. Concorreu ao cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Sul e foi reeleito.
  • Mário Frias (PL), ex-secretário da Cultura. Concorreu ao cargo de deputado federal por São Paulo e foi eleito.

Foram para o segundo turno em disputa para governos do estado os seguintes ex-ministros bolsonaristas:

  • Tarcísio de Freitas (PL), ex-ministro da Infraestrutura. Concorreu ao governo de São Paulo. Vai disputar um segundo turno com Fernando Haddad (PT).
  • Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro da Previdência e Trabalho. Concorreu ao governo do Rio Grande do Sul. Vai disputar um segundo turno com o ex-governador Eduardo Leite (PSDB).

Perderam as eleições os seguintes ex-ministros ou aliados bolsonaristas:

  • Flávia Arruda (PL), ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo. Concorreu ao Senado pelo Distrito Federal e não se elegeu.
  • João Roma (PL), ex-ministro da Cidadania. Concorreu ao governo da Bahia e não foi eleito.
  • Sergio Camargo (PL), ex-presidente da Fundação Palmares, disputou uma vaga à Câmara dos Deputados por São Paulo e não foi eleito.
  • Daniel Silveira (PTB), deputado federal que recebeu um perdão de Bolsonaro depois de ser condenado por ameaça ao Supremo. Concorreu ao cargo de senador pelo Rio de Janeiro e não foi eleito.
  • Nise Yamaguchi (PROS), médica defensora da cloroquiona e do governo Bolsonaro. Perdeu a disputa pela vaga de deputada por São Paulo.

Os rompidos

Entre ministros que deixaram o governo rompidos com Bolsonaro, foram eleitos:

  • Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. Saiu do governo em 2020, acusando Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. Concorreu ao Senado pelo Paraná e foi eleito.
  • Marcelo Álvaro Antônio (PL), ex-ministro do Turismo. Foi demitido por Bolsonaro em 2020 após desentendimento com Luiz Eduardo Ramos, Secretário-Geral à época. Foi eleito deputado federal por Minas Gerais.

Não foram eleitos:

  • Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), ex-ministro da Saúde. Rompeu com Bolsonaro em 2020 por divergir do mandatário nas decisões para lidar com a pandemia. Concorreu ao Senado pelo Mato Grosso do Sul e perdeu a disputa para a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina.
  • Abraham Weintraub (PMB), ex-ministro da Educação. Foi demitido em 2020 e, depois, passou a criticar o presidente. Tentou uma vaga na Câmara por São Paulo e não foi eleito.

ESTAVA ERRADO: Versões anteriores deste texto traziam projeções que se mostraram erradas. O texto incluía a informação de que Osmar Terra, Mário Frias eMarcelo Álvaro Antônio não haviam sido eleitos. Na verdade, eles foram eleitos. As informações foram corrigidas às 13:49 de 3 de outubro de 2022.

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