FOTO: EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO

O corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Felipe Salomão, determinou na segunda-feira (21) prazo de 15 dias para que o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades que deram declarações sobre fraudes nas urnas eletrônicas apresentem evidências que sustentem as acusações.

Bolsonaro tem afirmado repetidas vezes, sem apresentar provas, que houve fraude na eleição de 2018, vencida por ele. Segundo o presidente, caso não houvesse irregularidade, sua vitória teria ocorrido já no primeiro turno. No dia 9 de junho, ele reforçou a afirmação em um culto religioso em Anápolis (GO).

“Eu fui eleito no primeiro turno. Eu tenho provas materiais disso, mas o sistema, a fraude que existiu sim, me jogou para o segundo turno ”

Jair Bolsonaro

Presidente da República, em afirmação feita no Culto Interdenominacional das Igrejas de Anápolis do dia 9 de junho de 2021

Em março de 2020, o presidente já chegou a prometer que mostraria provas “brevemente”. Desde então, no entanto, nunca apresentou qualquer tipo de evidência, mesmo tendo sido instado por ministros do TSE a fazer isso.

Bolsonaro tem defendido a adoção de um comprovante impresso na urna eletrônica já nas eleições de 2022 – há uma PEC sobre o assunto no Congresso – e disse que não vai aceitar os resultados do pleito de outra forma.Não há qualquer registro comprovado de fraude relevante no sistema das urnas eletrônicas em vigor desde os anos 1990.

Em seu texto,Salomão também pediu que outros dois políticos sejam notificados para que mostrem provas de suas acusações contra o voto eletrônico: Cabo Daciolo (Patriota), que foi candidato à Presidência na eleição de 2018, e o deputado estadual Oscar Castello Branco (PSL-SP).

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