Assessor de Bolsonaro, Filipe Martins vira réu por gesto racista
Da Redação
24 de junho de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h12)Justiça Federal acusou o servidor pelo crime de racismo. Em março, ele fez gesto usado por supremacistas brancos durante reunião no Senado
Gesto de Filipe Martins durante reunião no Senado em março
Filipe Martins, internacionalista e assessor para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro, foi acusado de crime de racismo pela Justiça Federal após fazer um gesto ligado a supremacistas brancos durante uma reunião em março.
A decisão de tornar Martins réu foi assinada pelo juiz Marcus Vinícius Bastos, da 12ª Vara Criminal do Distrito Federal. A pena para o crime de racismo – inafiançável – é de até três anos de prisão e multa .
No dia 24 de março, Martins participou de uma reunião no Senado e, com a mão direita, formou um círculo com o polegar e o indicador e manteve os outros três dedos abertos. O gesto é usado por grupos supremacistas brancos nos EUA por remeter ao formato das letras “W” e “P”, iniciais de “white power”, ou “poder branco”. À época, o assessor afirmou que estava apenas alinhando seu paletó em um movimento involuntário.
Em nota enviada à imprensa, o Ministério Público Federal disse que descartou a hipótese de que o gesto era algo casual, e que “ficou evidente que ele tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do gesto”.
Filipe Martins e o Planalto não tinham se manifestado sobre a acusação até a manhã de quinta-feira (24).
NEWSLETTER GRATUITA
Enviada à noite de segunda a sexta-feira com os fatos mais importantes do dia
Gráficos
O melhor em dados e gráficos selecionados por nosso time de infografia para você
Navegue por temas