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Ministros e ex-ministros do TSE e do STF defendem urna eletrônica

Da Redação

02 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h16)

Judiciário rebate ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral em vigor e reitera que modelo é confiável

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FOTO: ANTÔNIO AUGUSTO/TSE

Mesa com urna eletrônica, caneta, máscara e frasco de álcool em gel

Mesa com urna eletrônica, caneta, máscara e frasco de álcool em gel

Todos os ex-presidentes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desde 1988 e nove dos dez ministros que integram atualmente o Supremo Tribunal Federal divulgaram nesta segunda-feira (2) uma nota pública em defesa das urnas eletrônicas. É uma reação aos reiterados ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral. Com a popularidade em baixa, o presidente vem ameaçando melar as eleições de 2022, quando deve se candidatar à reeleição, caso não seja implantado o voto impresso acoplado às urnas eletrônicas.

A nota de ministros e ex-ministros do TSE e do STF tem 18 signatários, entre eles o presidente da corte eleitoral, Luís Roberto Barroso, o vice-presidente, Edson Fachin, e o futuro presidente, Alexandre de Moraes. Dos dez ministros que compõem hoje o Supremo — há uma vaga aberta, para a qual Bolsonaro indicou o advogado-geral da União André Mendonça —, somente o ministro Kassio Nunes Marques não assinou a nota. Ele chegou à corte em novembro de 2020 por indicação de Bolsonaro e ainda não integrou o TSE.

O texto diz que, ao contrário do que prega Bolsonaro, o comprovante em papel “não é um mecanismo adequado de auditoria” e afirma que, desde que as urnas eletrônicas foram implementadas em 1996, “jamais se documentou qualquer episódio de fraude nas eleições”.

A contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil

Nota pública

assinada por ministros e ex-ministros do TSE e do STF

Os ministros do Supremo e os ex-presidentes do TSE também reiteram que o sistema em vigor é seguro e transparente. “A Justiça Eleitoral, por seus representantes de ontem, de hoje e do futuro, garante à sociedade brasileira a segurança, transparência e auditabilidade do sistema. Todos os ministros, juízes e servidores que a compõem continuam comprometidos com a democracia brasileira, com integridade, dedicação e responsabilidade”, diz a nota.

A manifestação da cúpula do Judiciário acontece um dia depois de Bolsonaro participar, por videochamada, de atos em defesa da adoção do voto impresso nas eleições de 2022. Em mensagem a apoiadores, o presidente voltou a ameaçar no domingo (1º) a realização das eleições se o modelo com impressão de comprovantes não for aprovado. Depois de sucessivos adiamentos, a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso deve ter seu relatório submetido à votação em 5 de agosto na comissão especial da Câmara que analisa a proposta. Após a articulação de dez partidos, a expectativa é que ela seja definitivamente enterrada no Congresso.

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