Fiesp adia publicação de manifesto por pacificação entre Poderes
Da Redação
30 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h19)Nota assinada por empresários e entidades levou a desentendimentos entre bancos públicos e Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Presidente da Câmara disse ter conversado com Skaf para que divulgação ocorra depois de 7 de setembro
Paulo Skaf durante evento da Fiesp
A publicação do manifesto articulado por empresários para pedir harmonia entre os Poderes será adiada, informounesta segunda-feira (30) a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), segundo a agência Reuters.
O manifesto é encampado pela Fiesp e também articulado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), e até domingo (29) já havia reunido mais de 200 assinaturas, entre associações, empresários, economistas e nomes da sociedade civil, segundo bastidores do O Estado de S.Paulo.Empresários e entidades afirmaram ao jornal O Globo não terem sido avisadas por Skaf do adiamento.
A decisão de adiar a divulgação foi tomada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que conversou sobre a publicação com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Skaf havia estabelecido o prazo de adesão até sexta-feira (29), mas decidiu alongá-lo para mais esta semana, segundo a assessoria de imprensa da Fiesp. Não há previsão de nova data para publicação da nota. A expectativa, inicialmente, era de que o documento fosse publicado na terça-feira (31).
Segundo Lira, a nova data de publicação será depois dos atos bolsonaristas marcados para 7 de setembro. “Conversei com Skaf neste domingo e, como não tem um prazo para a divulgação do manifesto, ficou combinado que não será nesta semana” disse Lira ao jornal O Globo. “Vai aguardar as comemorações do Sete de Setembro”, completou o deputado. Bolsonaristas vão às ruas nessa data endossando pautas antidemocráticas , e o governo age para evitar más notícias até lá.
Bastidores da imprensa dão conta de que o manifesto de empresários vai pedir a pacificação dos ânimos em meio à intensificação de ataques do presidente Jair Bolsonaro. Isso num momento em que setores do mercado têm percebido as investidas do presidente como “ ruídos ” que podem prejudicar o andamento da economia.
O adiamento foi anunciado após bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, falarem em deixar a Febraban por causa do manifesto. Segundo notas de bastidor do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, dirigentes dos bancos atuaram para que a Febraban não endossasse o documento, partindo da avaliação de que ele seria lido como uma manifestação política contra o governo Bolsonaro.
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