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Risco de apagão leva governo a antecipar operação de usinas

Da Redação

22 de setembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h24)

Produção de termelétricas eleva capacidade de geração de energia, mas ainda é insuficiente para cobrir deficit projetado para os próximos meses. Custo maior resulta em contas de luz mais caras

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FOTO: PAULO WHITAKER/REUTERS – 10.FEV.2015

Torres de transmissão de energia perto da represa Billings, em Diadema (SP)

Torres de transmissão de energia perto da represa Billings, em Diadema (SP)

O governo do presidente Jair Bolsonaro corre para tentar impedir que a crise hídrica resulte em apagão elétrico no Brasil – e segue negando a possibilidade de impor o racionamento de energia. Diante do risco crescente, no entanto, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vem antecipando e acelerando o acionamento de novas usinas termelétricas e linhas de transmissão pelo país.

Em 15 de setembro, por exemplo, entrou em funcionamento a usina termelétrica GNA I, que opera em São João da Barra, no Rio de Janeiro. A unidade, segunda maior termelétrica do país, gera energia com a queima de gás natural , que é mais caro e mais danoso ao meio ambiente.

Em agosto, o ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico, órgão responsável pelo controle da geração e transmissão da eletricidade no país – afirmou que, para garantir que não faltará energia em outubro e novembro de 2021, é necessário aumentar a oferta em “cerca de 5,5 GWmed [gigawatt médio, unidade de medida de energia]”.

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, a capacidade de geração de energia no país aumentou em 2,35 GW em agosto e setembro, majoritariamente por causa do acionamento de termelétricas. O valor – que é insuficiente para cobrir o deficit projetado pelo ONS – leva em conta a redução de consumo por indústrias que aderiram ao programa Redução Voluntária da Demanda , que o governo criou para estimular a economia de energia em grandes indústrias. A estimativa é poupar 0,237 GW em setembro com o iniciativa.

Com a pior escassez de chuvas em 90 anos e os reservatórios de hidrelétricas em níveis historicamente baixos , o governo começou a acionar termelétricas em outubro de 2020. De acordo com a CNN Brasil, a produção de energia termelétrica bateu recordes consecutivos em julho e agosto de 2021. Além de terem uma operação mais cara e serem mais poluentes, essas usinas elevam o custo total da produção de energia no país – o que se traduz na conta de luz dos brasileiros, que está em disparada.

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