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Expectativas do mercado pioram e Itaú prevê recessão em 2022

Da Redação

25 de outubro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h28)

Em revisão de cenário, banco fala em queda de 0,5% do PIB em ano eleitoral, além de aumentar projeção de desemprego

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FOTO: SERGIO MORAES/REUTERS – 29/1/2014

Fachada de agência do Itaú no Rio de Janeiro

Fachada de agência do Itaú no Rio de Janeiro

Em meio a uma piora das expectativas de agentes do mercado para a economia brasileira, o Itaú Unibanco passou a projetar uma queda de 0,5% no PIB (Produto Interno Bruto) para 2022. A revisão de cenário foi divulgada nesta segunda-feira (25). A previsão anterior do banco era de crescimento de 0,5% para o ano eleitoral.

A mudança ocorre num contexto em que “aumentaram as dúvidas sobre o futuro do arcabouço fiscal no Brasil”, na análise do banco, que faz referência à chamada PEC dos Precatórios, por meio da qual o governo pretende operacionalizar o drible no teto de gastos com o objetivo de bancar o Auxílio Brasil, programa social para substituir o Bolsa Família. A proposta fura-teto ainda precisa ser aprovada no Congresso, mas já gerou reação negativa no mercado.

“O aumento da incerteza fiscal implica em um risco-país mais alto, maior depreciação do real, piores perspectivas para a inflação e, em última instância, uma taxa de juros neutra mais alta. (…) Taxas de juros mais altas levarão a uma atividade econômica mais fraca, e agora vemos recuo moderado de 0,5% do PIB em 2022 (nossa projeção era de crescimento de 0,5% anteriormente)”

Itaú Unibanco

em revisão de cenário divulgada em 25 de outubro

O Itaú elevou sua projeção para a Selic, a taxa básica de juros da economia. O cenário também fez o banco elevar suas projeções de inflação, agora em 4,3%. Já o desemprego esperado é de 13,3% no fim de 2022.

A revisão ocorre em meio a uma piora mais ampla nas expectativas dos agentes do mercado. No primeiro boletim Focus divulgado pelo Banco Central após o governo ter sinalizado que pretende burlar o teto de gastos, a previsão indicada de crescimento do PIB passou a 1,4% em 2022, ante estimativa anterior de 1,5%. Já para 2021, o percentual projetado passou a ser de 4,97% — era de 5,01% antes.

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