YouTube remove nova live de Bolsonaro transmitida pelo filho Carlos
Da Redação
29 de outubro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h29)Presidente está suspenso da plataforma de vídeos após associar, de forma mentirosa, vacinas contra covid e a aids
O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília
O YouTube retirou do ar nesta sexta-feira (29) a live feita no dia anterior pelo presidente Jair Bolsonaro, que foi transmitida pela plataforma de vídeos no canal de seu filho Carlos Bolsonaro e também no do programa Os Pingos nos Is, da rede Jovem Pan.
A plataforma afirma que suas diretrizes proíbem conteúdos de contas que estejam sob alguma restrição. Bolsonaro foi suspenso pelo YouTube por uma semana em 25 de outubro, após a transmissão de outra live, na qual que ele associou a vacina contra a covid-19 à aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), uma informação falsa e considerada de grave impacto para a saúde pública. Esse conteúdo, que foi ao ar em 21 de outubro, também foi banido pelo Facebook e pelo Instagram.
“O canal do presidente Jair Bolsonaro segue temporariamente suspenso, impedido de enviar vídeos com novos conteúdos ou fazer transmissões ao vivo, de acordo com a nossa política de alertas e avisos”
Ao jornal Folha de S. Paulo , a assessoria do YouTube afirmou que, se Bolsonaro descumprir novamente as regras em seu canal, será suspenso por 14 dias. Caso haja três violações num prazo de 90 dias, o presidente poderá ser removido permanentemente da plataforma.
Segundo informações do portal G1, a remoção de conteúdos de Bolsonaro de canais de terceiros não trará nova punição ao presidente. O YouTube não informou se estes canais receberam algum tipo de alerta ou punição por terem publicado a live de quinta-feira (28). Em julho, o canal de Bolsonaro teve 14 lives removidas pelo YouTube por fake news, quase todas relacionadas à covid-19.
A fala de Bolsonaro sobre aids e vacinas gerou forte reação de entidades médicas e especialistas da área da saúde. A Sociedade Brasileira de Infectologia publicou uma nota repudiando “toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”, enquanto pesquisadores afirmaram nas redes sociais que o presidente coloca em xeque a vacinação no país. Além disso, o PSOL apresentou uma notícia-crime contra Bolsonaro no Supremo pela propagação de mentiras sobre as vacinas.
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