Empresa envolvida na morte de Beto Freitas acerta indenização
Da Redação
05 de novembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h30)Grupo Vector assina acordo milionário com Defensoria Pública quase um ano após seguranças matarem homem negro de 40 anos durante abordagem em um supermercado Carrefour de Porto Alegre
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Mulher em protesto em frente ao Carrefour, em Brasília, após a morte de Beto Freitas
O Grupo Vector, cujos seguranças espancaram e mataram João Alberto Silveira Freitas , de 40 anos, num supermercado Carrefour em Porto Alegre (RS) em novembro de 2020, pagará uma indenização de R$ 1,79 milhão que será destinada a um fundo de combate ao racismo.
O valor foi determinado judicialmente, por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Com o acordo, a empresa também afasta o risco de vir a ser cobrada na Justiça pelo caso, em valores que poderiam ser superiores.
Metade da indenização irá financiar bolsas de estudo para pessoas negras em faculdades privadas de Porto Alegre, enquanto 35% vai pagar vagas em creches. Os 15% restantes serão usados para comprar cestas básicas destinadas a moradores do bairro onde Beto Freitas morava.
Além do pagamento, a empresa também assumiu o compromisso de mudar procedimentos internos e capacitar seus funcionários para reconhecer e evitar situações que envolvam discriminação e racismo. Para acompanhar o trabalho, a Vector criará um serviço interno de ouvidoria sobre o tema.
Por fim, a empresa se comprometeu a contratar mais trabalhadores e trabalhadoras negras, assim como desenvolver um plano de carreira que permita a esses funcionários ter acesso a cargos mais altos e mais bem remunerados.
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