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A cidade do Rio de Janeiro enfrenta um surto de gripe. Em um intervalo de duas semanas, o número de pessoas diagnosticadas com sintomas respiratórios leves dobrou, segundo dados do Painel Covid da prefeitura da cidade divulgados nesta sexta-feira (3). Segundo o mapeamento viral da secretaria municipal de Saúde, 95,5% dos casos de síndrome gripal na cidade são causados pela influenza A (H3N2).

A síndrome gripal é diagnosticada, segundo o Ministério da Saúde, nos casos em que o paciente relata pelos menos dois dos seguintes sintomas: coriza, tosse, dor de garganta, febre, calafrios, dor de cabeça, distúrbios olfativos ou gustativos.Na semana dos dias 7 e 13 de novembro, cerca de 12 mil casos foram registrados. Duas semanas depois, entre 21 e 27 de novembro, 25,7 mil cariocas apresentaram sintomas de gripe. O aumento do primeiro intervalo para o segundo foi de 115% e, até o momento, nenhuma morte foi registrada.

Apesar do aumento dos casos, o recorde semanal de 2021 de registros de pessoas com gripe ainda é o do mês de agosto, durante o inverno, quando cerca de 57 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença. A última vez que a cidade atingiu o número de 25 mil pessoas com gripe foi em setembro. Já o número de casos de SRAG, a síndrome respiratória aguda grave, no Rio subiu 25% entre as semanas de 24 a 30 de outubro e 14 a 20 de novembro, segundo dados do projeto InfoGripe, da Fiocruz.

Em 25 de novembro de 2021, o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), iniciou uma campanha de vacinação para imunização contra o vírus da influenza A (H3N2). Cerca de 60% da população foi vacinada contra a doença até agora, uma cobertura vacinal considerada baixa, principalmente entre crianças e idosos. A campanha foi pausada nesta terça-feira (30) por falta de imunizantes . Na quarta (1º), cerca de 160 mil doses foram encaminhadas para a cidade pelo Ministério da Saúde e a vacinação foi retomada.

Com os sintomas da síndrome gripal, aumentou a procura por atendimento nas unidades de saúde da cidade: . A maioria das pessoas temem estar infectadas com a covid-19. Isso também proporcionou um aumento no número de testes para coronavírus no Rio de Janeiro no mesmo intervalo, mas apenas 1% dos 18.438 testes para diagnosticar a covid-19 deram positivo para a doença.

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