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ONU: 1 a cada 3 venezuelanas não consegue emprego no Brasil

Da Redação

08 de dezembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h33)

Estudo que avalia programa de interiorização de imigrantes do governo federal mostra que mulheres levam mais tempo para se ocupar, e parte cai na informalidade

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FOTO: LUISA GONZALEZ/REUTERS – 10.MAI.2019

Homem caminha no meio de tendas do órgão da ONU para refugiados

Tendas do Acnur montadas para receber venezuelanos na cidade colombiana de Maicao

Uma em cada três mulheres venezuelanas que vivem no Brasil tem dificuldade de encontrar emprego,segundo pesquisa publicada nesta quarta-feira (8) pela ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) em parceria com a ONU Mulheres. Em geral, elas levam mais tempo para se ocupar do que homens venezuelanos.

O principal objetivo do estudo foi investigar o programa de interiorização de venezuelanos criado pelo governo federal em 2018. A medida envolve transferir venezuelanos migrantes para diferentes estados brasileiros a fim de dar a eles melhores oportunidades de integração socioeconômica. A adesão é voluntária.

O programa de interiorização surgiu em resposta à intensa migração de venezuelanos para o Brasil. O fluxo migratório que mais cresceu no país entre 2014 e 2018 veio da Venezuela. Desde que o país vizinho mergulhou numa crise econômica e política, milhares de venezuelanos passaram a cruzar a fronteira em busca de recursos e de proteção.

34%

é a proporção de mulheres migrantes venezuelanas desempregadas no Brasil

Mesmo mulheres que aderiram ao programa do governo federal têm dificuldade em conseguir emprego cerca de 30% estão sem ocupação regular, segundo o estudo. Existem hoje 28,4 mil mulheres interiorizadas no país. Enquanto os homens levam cerca de seis meses para conseguir trabalho, elas precisam de oito.Com essas dificuldades, cerca de 6.300 aderiram ao trabalho informal, de acordo com a ONU.

Além das diferenças entre gênero, o estudo levantou dados sobre renda e raça. Os venezuelanos interiorizados têm salário maior (R$ 1.325,20) em comparação com os que não aderiram ao programa ( R$ 594,70). Os homens brancos interiorizados são os que mais recebem, com renda mensal em cerca de R$ 1.500. Enquanto isso, as mulheres negras recebem em média R$ 1.000.

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