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Elizabeth Holmes é considerada culpada de fraude por júri

Da Redação

04 de janeiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h17)

Fundadora da empresa de biotecnologia Theranos que foi de estrela a pária do Vale do Silício pode encarar até 20 anos de prisão por ter enganado investidores

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FOTO: CARLO ALLEGRI/REUTERS

A empresária Elizabeth Holmes em 2016

A empresária Elizabeth Holmes em 2016

A empresária americana Elizabeth Holmes, fundadora da startup de biotecnologia Theranos, foi considerada culpada por três acusações de fraude eletrônica contra investidores e uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica contra investidores, determinou o veredito do júri de um tribunal na Califórnia, nos Estados Unidos, na segunda-feira (3).

Ela pode encarar uma pena de até 20 anos de prisão e terá de pagar uma multa de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão), além de restituições pelas acusações de fraude e conspiração. O júri não chegou a uma decisão sobre outras três acusações de fraude contra investidores e considerou a empresária inocente por duas acusações de fraude e conspiração de fraude contra pacientes.

Holmes se tornou uma estrela do Vale do Silício em 2013, prometendo revolucionar a medicina com uma tecnologia que permitiria fazer exames diagnósticos mais simples e baratos, usando poucas gotas de sangue. Ela chegou a ser apontada pela mídia como possível “sucessora de Steve Jobs”, fundador da Apple, por suas supostas inovações no setor tecnológico, e sua empresa já foi avaliada em mais de US$ 9 bilhões.

No entanto, em 2015, o jornal The Wall Street Journal publicou uma reportagem que afirmava que a tecnologia da Theranos era ineficaz e que a empresa havia mentido a investidores e clientes. Uma investigação do governo americano concluiu que a empresa tinha deficiências que apresentavam “ risco imediato à saúde e à segurança de pacientes”. O laboratório fechou as portas em 2016, e a Justiça da Califórnia protocolou acusações contra Elizabeth Holmes e Sunny Balwani, ex-presidente da empresa, em 2018.

Adiado repetidas vezes pela pandemia de covid-19 e por uma gravidez de Holmes, o julgamento teve início em setembro de 2021. Com o veredito desta segunda-feira (3), o júri se mostra unanimemente convencido de que Holmes agiu de forma deliberada ao repassar informações enganosas a investidores para convencê-los a financiar os negócios da Theranos. Em depoimentos ao tribunal, a empresária afirmou nunca ter tido a intenção de enganar ninguém e que todas as informações que repassou vinham dos especialistas do laboratório.

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