Embaixada pede a brasileiros ‘atenção redobrada’ na Ucrânia
Da Redação
20 de fevereiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h21)Representação diplomática afirma que províncias de Donetsk e Luhansk devem ser evitadas. Regiões controladas por separatistas pró-Rússia evacuam civis e convocam ‘mobilização geral’ para fins militares
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Militares da reserva do Exército ucraniano fazem treinamento em Kiev
A Embaixada do Brasil na Ucrânia pediu neste sábado (19) que os brasileiros no país redobrem a atenção e evitem visitas às províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk, controladas por separatistas pró-Rússia. O comunicado foi feito no mesmo dia em que o Exército ucraniano relatou a morte de dois soldados no leste do país. Há registro de bombardeios na região desde quinta-feira (17), numa violação dos acordos de cessar-fogo que vigoram desde 2015.
“ No contexto do aumento das violações de cessar-fogo registradas na linha de contato no leste da Ucrânia, a Embaixada do Brasil em Kiev recomenda aos brasileiros no país redobrar a atenção e evitar visitas às províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk. Aconselha-se aos cidadãos que já estejam nessas regiões que considerem deixá-las sem demora”
A nota frisa ainda que os brasileiros devem estar atentos à cancelamentos ou adiamentos de voos internacionais. A partir de segunda-feira (21), a empresa aérea Lufthansa vai suspender temporariamente seus voos de Kiev e Odessa. Os Estados Unidos e países europeus aconselharam ao longo da semana que seus cidadãos deixem o país.
Também no sábado (19), Denis Pushilin, líder separatista de Donetsk, ordenou uma“mobilização geral” para fins militares. Ele convocou “todos os homens com idade de pegar em armas” a se juntarem aos rebeldes. Donetsk e Luhansk são enclaves separatistas com forte influência russa, e acusam Kiev de preparar uma invasão. Sob essa justificativa, os governos locais estão enviando civis para a Rússia desde sexta-feira (18), para ficarem a salvo caso a região vire uma praça de guerra.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nega as acusações de que seu Exército estaria bombardeando áreas separatistas, e pediu que o Ocidente não espere uma possível invasão para impor sanções à Rússia. Há cerca de 150 mil soldados russos na fronteira entre os dois países, e tanto Zelensky quanto seus aliados americanos e europeus acusam a Rússia de patrocinar uma“operação de bandeira falsa” para fabricar um pretexto para uma eventual agressão.
Governantes reagiram à escalada da tensão no sábado (19). A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris , declarou que, caso uma invasão aconteça, os EUA vão impor sanções “sem precedentes”. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson , afirmou que a Rússia “planeja a maior guerra na Europa desde 1945”, numa referência à Segunda Guerra Mundial. Já o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki , ofereceu armas para ajudar a Ucrânia.
Enquanto as escaramuças se intensificavam no território ucraniano, o presidente russo Vladimir Putin participou de um exercício militar com mísseis neste sábado (19). O momento escolhido para o evento foi interpretado como um lembrete para os adversários sobre o poderio bélico da Rússia.
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