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Rússia mantém tropas na fronteira bielorrussa da Ucrânia

Da Redação

20 de fevereiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h21)

Exercício conjunto com Exército de Belarus estava previsto para acabar neste domingo, mas foi estendido. Soldados e armamentos estão a cerca de 200 km de Kiev, capital ucraniana

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FOTO: REUTERS – 19.FEV.2022

Tropas russas e bielorrussas participam de exercício militar na fronteira da Ucrânia

Tropas russas e bielorrussas participam de exercício militar na fronteira da Ucrânia

Os governos da Rússia e Belarus vão manter 30 mil soldados na fronteira bielorrussa com a Ucrânia, a menos de 200 km de Kiev, capital do país. As tropas foram deslocadas para a região em 10 de fevereiro para exercícios militares conjuntos que estavam previstos para terminar neste domingo (20).

Segundo informações de sites e agências de notícias, o Ministério da Defesa de Belarus enviou um comunicado em seu canal no Telegram neste domingo (20) justificando a extensão dos exercícios “tendo em vista o aumento da atividade militar perto das fronteiras e o agravamento da situação em Donbass [área do leste ucraniano controlada por separatistas]”. A região tem registrado tiroteios e bombardeios desde quinta-feira (17), em violações a um cessar-fogo assinado em 2015.

Belarus é governada por Aleksandr Lukashenko desde a dissolução da União Soviética em 1991, e é uma aliada histórica de Moscou. Os laços entre os dois países estreitaram ainda mais recentemente depois que a sexta vitória eleitoral de Lukashenko foi contestada pela União Europeia em 2020.

A manutenção das tropas na fronteira bielorrussa foi divulgada no dia seguinte ao líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, convocar “todos os homens com idade para pegar em armas” a se juntarem aos rebeldes. Em Luhansk, também governada por forças pró-russas, civis estão sendo evacuados desde sexta-feira (18) para a Rússia.A Embaixada do Brasil na Ucrânia pediu que os brasileiros evitem visitar ambas as províncias.

Donetsk e Luhansk acusam o governo ucraniano de tentar invadir a região, e o responsabilizam pelos ataques desta semana. Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respaldado por Estados Unidos e países europeus, acusa os separatistas de fazerem parte de uma “operação de bandeira falsa” patrocinada pela Russa, para fabricar um pretexto para uma eventual agressão.

A presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia começou em novembro de 2021 , aumentando até chegar nos cerca de 150 mil estimados atualmente. A mobilização começou após os ucranianos ensaiarem uma aproximação da Otan, a aliança militar ocidental criada em 1945 como forma de controlar o avanço da antiga União Soviética. O governo da Rússia afirma que essa aproximação é uma ameaça à sua segurança.

No sábado (19), o presidente russo Vladimir Putin participou de exercícios militares com mísseis . O momento escolhido para o evento foi interpretado pelos adversários como um lembrete sobre o poderio bélico do país.

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