Extra

Bolsonaro cobra redução no combustível após queda do petróleo

Da Reuters

15 de março de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h24)

Preço do barril fechou no menor patamar desde início da guerra na Ucrânia. Presidente disse esperar que Petrobras acompanhe a diminuição dos valores internacionais

O Nexo depende de você para financiar seu trabalho e seguir produzindo um jornalismo de qualidade, no qual se pode confiar.Conheça nossos planos de assinatura.Junte-se ao Nexo! Seu apoio é fundamental.

Temas

Compartilhe

FOTO: RICARDO MORAES/REUTERS – 26.OUT.2021

Placa em frente a posto de gasolina mostra preços altos, como gasolina a R$ 7,498 o litro. Ao fundo, o posto com o logotipo da Petrobras.

Posto de gasolina no Rio de Janeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que a Petrobras reduza os preços dos combustíveis no Brasil após uma queda na cotação internacional do barril de petróleo, que fechou nesta terça-feira (15) abaixo dos US$ 100, no seu menor patamar desde o final de fevereiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Nos últimos dias, o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda”, disse Bolsonaro em discurso no Palácio do Planalto. A política de preços da estatal adotada desde 2016 determina que o petróleo vendido às refinarias brasileiras acompanhe a flutuação do mercado internacional. Sob essa justificativa foram anunciados , na quinta-feira (15), aumentos médiosde 18,8% para gasolina e 24,9% para o diesel, em meio à disparada de preços do barril durante o conflito na Europa.

A atual diminuição nos preços do petróleo é atribuída a temores de uma redução na demanda do produto, com o aumento de casos de covid-19 na China trazendo novos lockdowns e uma possível desaceleração da economia do país. Ao mesmo tempo, expectativas de avanço nas negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia criaram algum otimismo.

O preço do barril do petróleo do tipo Brent fechou nesta terça-feira (15) a US$ 99,91, uma queda de 6,54% em relação ao dia anterior. Na segunda-feira (14), o petróleo já havia recuado 5,1%, em uma queda deUS$ 5,77, fechando a US$ 106,90. Durante a guerra na Ucrânia, o preço do barril chegou a bater US$ 139, em 7 de março.

Bolsonaro também voltou se queixar do fato de os reajustes terem sido anunciados no mesmo dia em que o Congresso votava um projeto de lei para alterar o cálculo do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. O projeto foi sancionado na sexta-feira (11). Em 2021, o presidente culpou governadores e o ICMS, tributo estadual, pela alta dos combustíveis, tese amplamente rejeitada por economistas.

Continue no tema

NEWSLETTER GRATUITA

Nexo | Hoje

Enviada à noite de segunda a sexta-feira com os fatos mais importantes do dia

Este site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço Google se aplicam.

Gráficos

nos eixos

O melhor em dados e gráficos selecionados por nosso time de infografia para você

Este site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço Google se aplicam.

Navegue por temas