Bolsonaro cobra redução no combustível após queda do petróleo
Da Reuters
15 de março de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h24)Preço do barril fechou no menor patamar desde início da guerra na Ucrânia. Presidente disse esperar que Petrobras acompanhe a diminuição dos valores internacionais
Posto de gasolina no Rio de Janeiro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que a Petrobras reduza os preços dos combustíveis no Brasil após uma queda na cotação internacional do barril de petróleo, que fechou nesta terça-feira (15) abaixo dos US$ 100, no seu menor patamar desde o final de fevereiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Nos últimos dias, o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda”, disse Bolsonaro em discurso no Palácio do Planalto. A política de preços da estatal adotada desde 2016 determina que o petróleo vendido às refinarias brasileiras acompanhe a flutuação do mercado internacional. Sob essa justificativa foram anunciados , na quinta-feira (15), aumentos médiosde 18,8% para gasolina e 24,9% para o diesel, em meio à disparada de preços do barril durante o conflito na Europa.
A atual diminuição nos preços do petróleo é atribuída a temores de uma redução na demanda do produto, com o aumento de casos de covid-19 na China trazendo novos lockdowns e uma possível desaceleração da economia do país. Ao mesmo tempo, expectativas de avanço nas negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia criaram algum otimismo.
O preço do barril do petróleo do tipo Brent fechou nesta terça-feira (15) a US$ 99,91, uma queda de 6,54% em relação ao dia anterior. Na segunda-feira (14), o petróleo já havia recuado 5,1%, em uma queda deUS$ 5,77, fechando a US$ 106,90. Durante a guerra na Ucrânia, o preço do barril chegou a bater US$ 139, em 7 de março.
Bolsonaro também voltou se queixar do fato de os reajustes terem sido anunciados no mesmo dia em que o Congresso votava um projeto de lei para alterar o cálculo do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. O projeto foi sancionado na sexta-feira (11). Em 2021, o presidente culpou governadores e o ICMS, tributo estadual, pela alta dos combustíveis, tese amplamente rejeitada por economistas.
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