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YouTube vai excluir vídeos com fake news sobre eleições de 2018

Da Redação

22 de março de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h25)

Plataforma anuncia nova política de integridade eleitoral para o Brasil com o objetivo de combater alegações falsas de fraude nas urnas eletrônicas

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FOTO: RODOLFO BUHRER/REUTERS

Urnas eletrônicas são preparadas em Curitiba para eleição de 2018 22/10/2018

Urnas eletrônicas são preparadas em Curitiba para eleição de 2018

O YouTube anunciou nesta terça-feira (22) que vai retirar de sua plataforma quaisquer publicações com informações falsas alegando que fraudes, erros ou problemas técnicos generalizados mudaram o resultado das eleições em 2018. Essas novas políticas de integridade eleitoral para o Brasil podem causar a derrubada de vídeos publicados antes ou depois de sua adoção pelo YouTube, e vão na linha de medidas já tomadas nos Estados Unidos e na Alemanha.

Daqui em diante, o site começará a analisar os vídeos que abordem o tema de suposta fraude eleitoral em 2018 usando inteligência artificial e moderação humana. O YouTube também avaliará denúncias de usuários, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de instituições parceiras da plataforma. Aqueles que tiverem seus vídeos removidos podem recorrer, mas canais que receberem três “strikes” num período de 90 dias serão excluídos.

Sempre que um usuário fizer buscas relacionados à eleição ou urnas eletrônicas, será mostrado um painel de informações na parte superior dos resultados da pesquisa, ou abaixo dos vídeos relacionados ao voto eletrônico, com um link para informações oficiais do TSE.

De acordo com o comunicado do YouTube “as eleições de 2022 no Brasil vão gerar uma busca por notícias, curiosidades e dúvidas na internet, que deverão ser explicadas e contextualizadas de acordo com os fatos e as particularidades brasileiras. Os painéis visam ampliar o acesso a informações de fontes confiáveis e já contemplam outros temas sensíveis, como a covid-19”.

O painel de informações será incluído em todas as buscas relacionadas às eleições brasileiras. Já as remoções de vídeos só se aplicam a alegações de fraude em 2018, e não em 2022, pois, de acordo com o site, só se pode adotar a política de remoção uma vez que haja um resultado oficial, certificado pelas autoridades competentes.

Desde que foi eleito presidente, Jair Bolsonaro afirma que houve fraude nas urnas eletrônicas nas eleições de 2018, sem apresentar provas para suas afirmações. O presidente já tentou desacreditar a segurança do sistema eleitoral repetidas vezes e chegou a fazer ameaças à realização das eleições de 2022 se não fosse adotado o voto impresso . O TSE cobrou o presidente por suas alegações. Vídeos e lives do canal de Bolsonaro já foram retiradas do ar pelo YouTube em anos recentes, em geral por disseminar informações erradas sobre a covid-19.

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