FOTO: WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO – 27.SET.2021

O diretório nacional do PSOL aprovou na segunda-feira (18) a composição de uma federação com a Rede Sustentabilidade. A executiva nacional do partido já havia aprovado a medida no fim de março, mas faltava a confirmação pela instância máxima da sigla.

A federação é uma associação entre dois ou mais partidos que precisa durar no mínimo quatro anos. Os partidos federados concorrem juntos na eleição, somando votos para a obtenção de cadeiras nos Legislativos. Diferentemente do que ocorria com as coligações, que eram parceiras apenas eleitorais, esses partidos precisam atuar juntos na legislatura.

Segundo o programa aprovado por PSOL e Rede, a federação entre ambos tenta combater medidas “que buscam inviabilizar partidos ideológicos”. Juntas, as siglas estarão “comprometidas com a radicalização da democracia e com a defesa de um modelo sustentável de desenvolvimento”, de acordo com o documento.

A Rede havia aprovado a federação por unanimidade no dia 12 de março. Na segunda (18), a votação no diretório nacional do PSOL foi apertada — foram 38 votos a favor da união contra 23. Parte do PSOL se opunha à federação por considerarem que não há alinhamento ideológico entre as siglas. “A Rede não é um partido que se propõe lutar pelo socialismo , nem agora e nem em 1.000 anos”, diz um manifesto assinado por centenas de filiados no domingo (17).

Os partidos que formam federações devem apoiar os mesmos candidatos nas eleições. O estatuto da federação entre PSOL e Rede, porém, abre brecha para que filiados apoiem pessoas diferentes das escolhidas pelo bloco. A cláusula busca agradar a integrantes dos dois partidos contrários ao possível apoio da federação à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência.

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