Desmatamento da Amazônia bate recorde em abril
Da Redação
06 de maio de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h29)Mais de 1.000 km² foram desmatados no mês. Índice é o mais alto já registrado no período, que é marcado por chuvas na maior parte da região
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Área de floresta amazônica desmatada em Rondônia
Os alertas de desmatamento na Amazônia bateram recorde para abril. Foram derrubados mais de 1.000 km² de floresta no mês, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados nesta sexta-feira (6).
O índice registrado em abril de 2022 (1.012 km²) é quase o dobro do de abril de 2021 (580 km²). Nunca antes uma extensão tão grande de área desmatada foi registrada nesse período, de acordo com o Observatório do Clima, que reúne entidades que monitoram dados de meio ambiente no Brasil.
“Antes do governo Bolsonaro, era raro um dado mensal de alertas ultrapassar 1.000 km² até mesmo na estação seca ”, disse a entidade. Abril faz parte do período de chuvas da floresta e, por isso, o desmatamento costuma ser menor nessa época. A tendência de alta já nesse período sugere que a destruição da região pode superar os 15 mil km² até julho. No acumulado do ano, os dados já são 5% mais altos que os registrados no mesmo período de 2021.
“As causas desse recorde têm nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro. O ecocida-em-chefe do Brasil triunfou em transformar a Amazônia num território sem lei, e o desmatamento será o que os grileiros quiserem que seja. O próximo presidente terá uma dificuldade extrema de reverter esse quadro, porque o crime nunca esteve tão à vontade na região como agora”, disse Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
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