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Finlândia oficializa adesão à Otan e encerra neutralidade

Da Redação

15 de maio de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h30)

Parlamento de país do norte da Europa tende a aprovar entrada na aliança militar, que se diz de braços abertos. Suécia segue mesmo rumo

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FOTO:HEIKKI SAUKKOMAA/LEHTIKUVA VIA REUTERS 15.05.2022

A primeira-ministra da Finlândia Sanna Marin e o presidente Sauli Niinisto, em anuncio da adesão à Otan. Os dois estão lado a lado, cada um em um púlpito de madeira. Ao fundo, bandeiras azuis com estrelas amarelas

A primeira-ministra da Finlândia Sanna Marin e o presidente Sauli Niinisto, em anuncio da adesão à Otan

O governo da Finlândia fez neste domingo (15) o anúncio oficial da adesão do país à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar ocidental. A medida encerra uma tradição de neutralidade do país do norte da Europa que vem desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Finlândia divide1.340 km de fronteira com a Rússia e tomou a decisão motivada pela invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, pelo país vizinho comandado por Vladimir Putin. O Parlamento finlandês deve analisar o tema nesta segunda-feira (16). A maioria dos congressistas apoia a entrada na aliança militar .

Em entrevista coletiva no Palácio Presidencial em Helsinque, a primeira-ministra Sanna Marin e o presidente Sauli Niinisto reforçaram que esse é o início de uma nova era. Na quinta-feira (12), a dupla já havia anunciado a intenção de aderir à Otan sem demora”. A Suécia fez o mesmo na sexta (13). Tais anúncios sempre vêm acompanhados de ameaças de retaliação da Rússia, que se diz cada vez mais cercada pela aliança militar do Ocidente.

No sábado (14), Niinisto conversou com Putin por telefone. O presidente russo disse ao presidente finlandês que a entrada na Otan seria um erro . A Rússia já suspendeu as exportações de energia elétrica para a Finlândia, por causa de falta de pagamento.

Dirigentes da Otan já declararam que a Finlândia é bem-vinda na aliança militar. A concretização da adesão, porém, não é imediata. O processo pode demorar até um ano.

A expansão da Otan na direção do leste europeu – onde estão ex-repúblicas soviéticas e países que fizeram parte da chamada “cortina de ferro” do bloco socialista – é um dos motivos alegados por Putin para invadir a Ucrânia.

A Finlândia não é uma ex-república soviética, tampouco fazia parte dos países da cortina de ferro. Mas desde que encerrou a Guerra de Inverno com a União Soviética, ocorrida entre 1939 e 1940, em meio à Segunda Guerra Mundial, mantinha-se neutra na queda-de-braço entre Otan e Rússia, que reivindica a influência geopolítica antes exercida pelo extinto bloco comunista.

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