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O presidente russo Vladimir Putin disse nesta segunda-feira (16) que a expansão da infraestrutura militar da Otansobre a Finlândia e a Suécia “ certamente vai provocar uma resposta ” da Rússia. A Finlândia oficializou o pedido de adesão à aliança militar ocidental neste domingo (15). A primeira-ministra sueca confirmou a jornalistas nesta segunda (16) que a Suécia tem a intenção de seguir o mesmo caminho da Finlândia .

A declaração foi dada durante cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, liderada pela Rússia. No sábado (14), Putin já havia telefonado para o presidente finlandês Sauli Niinisto que a adesão seria um erro que “pode ter um impacto negativo” nas relações entre os dois países, “já que não há ameaças à segurança da Finlândia”, informou o Kremlin. Niinisto afirmou que foi uma “conversa direta e conduzida sem rodeios”, e disse que pretende se relacionar com os russos “de maneira correta e profissional”.

Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov também afirmou nesta segunda (16) que as candidaturas de Suécia e Finlândia para integrar a Otan são um “grave erro adicional” que, se concretizado, aumentará ainda mais “o nível de tensão” entre a Rússia e o Ocidente. Ele falou em “consequências de longo alcance”, segundo a agênciarussa de notícias Interfax. A empresa RAO Nordic, de capital russo, também anunciou o corte das exportações de energia elétrica para a Finlândia na sexta-feira (14), alegando falta de pagamento.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também disse nesta segunda (16) que a Rússia “acompanhará de perto” essas negociações. Falou que a reação russa a uma eventual entrada dos países nórdicos na Otan “dependerá das consequências práticas da adesão”.“Para nós, está claro que a segurança da Suécia e da Finlândia não será reforçada por essa decisão”, afirmou Peskov.

Finlândia e Suécia são historicamente neutros na geopolítica militar mundial. O atual interesse em aderir à Otan acontece como resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, o que elevou as tensões militares em toda a Europa e especialmente nos países fronteiriços ao território russo, como é o caso finlandês. Putin afirma que seu objetivo era justamente frear a aproximação da Otan à Rússia. Países da Otan têm enviado armas às forças ucranianas.

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