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Polícia investiga morte de indígena durante abordagem em PE

Da Redação

18 de junho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h33)

Lideranças da etnia Atikum, do sertão pernambucano, afirmam que Edvaldo Manoel de Souza foi agredido durante interrogatório

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FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Grupo indígena faz protesto em frente ao Congresso Nacional

Grupo indígena faz protesto em frente ao Congresso Nacional, em Brasília

A Polícia Civil de Pernambuco instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da morte do indígena Edvaldo Manoel de Souza, 61, da etnia Atikum, após uma abordagem de policiais militares. O caso ocorreu na quarta-feira (15), na Aldeia Olho D’Água do Padre, em Carnaubeira da Penha, a 501 km de Recife.

Segundo l ideranças da Terra Indígena Atikum, Edvaldo foi interrogado no quintal de sua casa e agredido até a morte. Membros da comunidade afirmam que ele já vinha sendo perseguido pelos policiais, que o acusavam de esconder uma arma na residência.

Os policiais envolvidos na ação teriam levado a vítima para um hospital da cidade, mas ele não resistiu e morreu antes dar entrada na unidade de saúde. Segundo os agentes, Edvaldo era hipertenso e desmaiou durante o interrogatório, porque estava sem tomar seu remédio de pressão.

“Toda vez que o Gati [Grupo de Ações Táticas do Interior da polícia militar] entra na reserva ele faz esse trabalho fora da lei . Batendo nos indígenas quando eles querem informações. E não importa se é mulher, criança ou homem, é com brutalidade. É ação sem mandato, invasão! Não foi a primeira vez que bateram em Edvaldo, e ele já tinha denunciado as agressões passadas na delegacia. E então retornaram dias depois e espancaram ele novamente”, relatou o cacique Clóvis Atikum à organização Marco Zero Conteúdo.

Na quinta-feira (16), cerca de 300 indígenas saíram de suas terras e realizaram um protesto nas ruas de Carnaubeira da Penha, cobrando por justiça pela morte de Edvaldo. Esposa, filhos e netos da vítima estavam presentes no ato. Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, disse neste sábado (18) que determinou a designação de dois delegados especiais para presidir a investigação , que vai acontecer em parceria com o Ministério Público do estado.

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