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Mais de 700 milhões de pessoas passam fome no mundo, diz ONU

Da Redação

06 de julho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h35)

Dado, referente ao ano de 2021, foi publicado em relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e apontou piora nos indicadores globais

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FOTO: MOHAMED NURELDIN ABDALLAH/REUTERS

Homem carrega vegetais e pão em Cartum, capital do Sudão

Homem carrega vegetais e pão em Cartum, capital do Sudão

Um relatório publicado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) nesta quarta-feira (6) mostra que entre 702 e 828 milhões de pessoas ao redor do mundo sofreram com a fome em 2021.Considerando as médias dos números levantados pela Organização, houve aumento de 46 milhões de pessoas afetadas com o problema de 2020 para 2021.

Na análise de 2019, o último ano antes da pandemia causada pela covid-19, para 2021, a alta é de 150 milhões. Aproximadamente 425 milhões de pessoas são afetadas pela fome na Ásia, 278 milhões na África e 56,5 milhões na América Latina e no Caribe.

“As disparidades na repercussão e na recuperação da pandemia, ao lado da limitada cobertura e duração das medidas de proteção social, deram origem a um aumento das desigualdades que contribuíram para que em 2021 adicionem-se novos retrocessos no que diz respeito ao objetivo de fome zero para 2030”, diz o estudo. As previsões apontam que, em 2030, aproximadamente 670 milhões de pessoas (cerca de 8% da população mundial) estarão sofrendo com a fome.

O relatório também traz dados que refletem a desigualdade entre gêneros. Em 2021, 31,9% das mulheres do mundo padeceram de insegurança alimentar moderada em comparação com 27,6% dos homens. A insegurança alimentar é mais ampla do que a fome. Ela é caracterizada pela falta de acesso pleno e estável a alimentos de qualidade e quantidade adequados. Ela pode sergrave, quando a pessoa convive com a fome dentro de casa; moderada, quando a qualidade está comprometida e a quantidade não é suficiente para todos da família; ou leve, quando há redução da qualidade por medo de faltar comida em casa.

De acordo com o levantamento da FAO, 61,3 milhões de brasileiros (28,9% da população) foram atingidos por insegurança alimentar grave ou moderada de 2019 a 2021. Quando levada em consideração somente a insegurança alimentar grave isoladamente, esse número é de 15,4 milhões (7,3% da população). O relatório mostra que ocorreu um aumento na comparação com dados de anos anteriores. De 2014 a 2016, 3,9 milhões de pessoas (1,9% da população) eram afetadas pela insegurança alimentar grave no Brasil.

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