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3 presos viram réus pelos assassinatos de Dom e Bruno

Da Redação

22 de julho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h39)

Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima são acusados de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Todos estão detidos desde as investigações

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FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER OHF NEWS

Montagem com fotos de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips

Montagem com fotos de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips

O Ministério Público Federal apresentou na quinta-feira (21) denúncias contra três pessoas pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, mortos a tiros no Vale do Javari, no Amazonas, em 5 de junho. Na sequência, a Justiça Federal de Tabatinga tornou Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, seu irmão Oseney da Costa de Oliveira, apelidado de “Dos Santos”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, réus por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Eles já tinham sido presos ao longo das investigações. A denúncia não foi divulgada na íntegra.No documento, o MPF explica que Amarildo e Jefferson confessaram o crime, enquanto Oseney teve a participação comprovada por depoimentos de testemunhas. A denúncia traz ainda prints de conversas e cita os resultados de laudos periciais, com a análise dos corpos e objetos encontrados, disse o Ministério Público Federal por meio de nota.

Segundo a denúncia, os assassinatos teriam acontecido porque Bruno teria pedido para que Dom fotografasse o barco dos acusados. Os três eram suspeitos de praticar pesca ilegal na terra indígena do Vale do Javari. Brunojá havia trabalhado na Funai (Fundação Nacional do Índio), realizava um trabalho de apoio aos povos indígenas e denunciava atividades ilegais que vinham ocorrendo na região.Dom, que o acompanhava, era correspondente do jornal inglês The Guardian e já tinha feito inúmeras reportagens sobre a Amazônia.

As investigações indicam que Bruno foi morto com três tiros. Depois, segundo a denúncia, Dom foi morto para que não houvesse testemunhas do primeiro assassinato. O Ministério Público classificou o motivo do crime contra Bruno como fútil, o que pode agravar a pena. O fato de o indigenista ter levado um dos três tiros pelas costas, sem chance de defesa, também qualifica o crime. A procuradora do caso é Nathália di Santo, que atua em Tabatinga (AM).

O assassinato da dupla gerou protestos em junho dentro e fora do Brasil, que foram marcados por críticas ao enfraquecimento de medidas para proteção de terras indígenas no governo de Jair Bolsonaro. Veículos da imprensa brasileira e estrangeira repercutiram o caso e mostraram a falta de mobilização do governo federal e a demora nas buscas para descobrir o paradeiro de Dom e Bruno.

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