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Lula anuncia projeto que pune empresa por desigualdade salarial

Da Redação

08 de março de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h19)

Governo também liberou crédito especial para mulheres nos bancos públicos e assinou decreto que combate à pobreza menstrual

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FOTO: RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 08/03/2023

Presidente Lula anuncia medidas, durante cerimônia de celebração do Dia Internacional das Mulheres, no Palácio do Planalto

Presidente Lula anuncia medidas, durante cerimônia de celebração do Dia Internacional das Mulheres, no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, um projeto de lei que estabelece igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma função. As empresas que descumprirem terão de pagar multa de 10 vezes o maior valor pago pelo empregador.

O texto será enviado ao Congresso Nacional, mas a íntegra não foi apresentada. Apesar de já haver leis que estabelecem a equiparação salarial, elas, na prática, não são cumpridas. Para o governo, essa multa deve ser um fator de estímulo ao cumprimento.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha em tendência de queda até 2020, voltou a subir no país e atingiu 22% no fim de 2022. Isso significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem.

O chefe do Executivo também assinou um projeto que institui o Dia Nacional Marielle Franco homenagem à vereadora carioca assassinada em 2018 —, além de decretos que preveem, entre outras coisas, a distribuição gratuita de absorventes pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a pessoas que menstruam e estão em situação de vulnerabilidade social.

Houve ainda anúncios relacionados aos bancos públicos. O Banco do Brasil vai percorrer o país com o programa Agro Mulher, com crédito diferenciado para mulheres. A Caixa Econômica Federal fará o programa Mulheres na Favela, para qualificar mulheres em três laboratórios de inovação social no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) lançará o Projeto Garagem, com aceleração de startups lideradas por mulheres.

O governo também ratificou a convenção da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que amplia os conceitos de assédio moral e sexual no trabalho permitindo novas punições.

As medidas foram anunciadas em uma cerimônia que contou com a presença de todas as 11 ministras do governo, das presidentes dos bancos públicos federais e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e da ex-presidente Dilma Rousseff.

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