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TSE cassa prefeito de Brusque e torna Hang inelegível

Da Redação

04 de maio de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h23)

Por 5 votos a 2, ministros do tribunal eleitoral decidem que chapa vencedora e empresário cometeram abuso de poder econômico em 2020. Município catarinense terá nova eleição

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FOTO: DIVULGAÇÃO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O empresário Luciano Hang, um homem branco, careca, usando uma camiseta verde e amarela

O empresário Luciano Hang, dono da Havan

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta quinta-feira (4) pela cassação dos mandatos do prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB), e do vice-prefeito, Gilmar Doerner (Republicanos). O TSE também tornou o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, inelegível por oito anos.

Por 5 votos a 2, os ministros viram abuso de poder econômico por parte dos três na eleição municipal da cidade catarinense em 2020, para favorecer a chapa vencedora por meio do uso da rede de varejo em eventos de campanha, entre outros pontos.

“Houve uma tentativa de fazer confusão entre pessoa física e pessoa jurídica, colocando a força da empresa na cidade de Brusque contra a outra candidatura, inclusive com desinformação, com fake news e com várias notícias falsas, pedindo voto”

Alexandre de Moraes

presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Vequi e Doerner também perderão os direitos políticos por oito anos. O município terá uma eleição, ainda sem data, para escolher um novo prefeito. A defesa de Vequi disse que vai continuar “a busca para que a vontade do povo de Brusque expressa nas urnas prevaleça”, como contou a CNN Brasil.

Grande apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Luciano Hang chegou a ser cotado como candidato para o Senado em 2022, mas à época disse que não tinha interesse em ser político. Em nota sobre a decisão do TSE, ele negou irregularidades. “Apenas manifestei a minha opinião como qualquer cidadão”, disse o empresário, conforme relatou a rádio Araguaia, de Brusque.

Hang já foi investigado pelo Supremo no inquérito das fake news e condenado pela Justiça Trabalhista por ter coagido funcionários a votar em Bolsonaro nas eleições de 2018, conforme registrou o site Poder360 em maio de 2022. O empresário dizia em vídeos que suas lojas poderiam fechar caso o PT fosse eleito.

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