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Governo Lula anuncia redução de imposto para baratear carros

Da Redação

25 de maio de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h24)

IPI e PIS/Cofins de veículos de até R$ 120 mil terão descontos de 1,5% a 10,79%. Produção nacional e eficiência energética terão incentivo. Política repete aposta de governo anterior do petista

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FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 13/12/2022

Vice-presidente eleito e agora ministro da Indústria Geraldo Alckmin

Vice-presidente eleito e agora ministro da Indústria Geraldo Alckmin

O governo anunciou nesta quinta-feira (25) a redução de impostos para carros que custam até R$ 120 mil. O IPI ( Imposto sobre Produtos Industrializados) e o PIS/Cofins terão descontos que variam de 1,5% a 10,79% — quanto mais barato o carro, menos tributos pagará.

O plano oficial inclui incentivos também a partir de critérios que levam em conta a produção nacional e a eficiência energética. Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin afirmou que uma medida provisória sobre o tema deve ser editada em 15 dias.

R$ 60 mil

é o preço máximo dos carros populares após as medidas, segundo expectativa do governo e da indústria

“O ministério da Fazenda está fazendo as contas para ver a validade das medidas, se dará por um ano, seis meses, dois meses. O tempo é fundamental para falar do tamanho da renúncia. A indústria trabalha com um mínimo de 12 meses”, disse o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, como registrou o jornal Folha de S.Paulo.

Lula vinha prometendo baratear os carros populares no Brasil. Na prática, o governo irá redobrar a aposta em um setor historicamente ligado a incentivos fiscais, como mostrou o Nexo num Expresso de 2021. O petista repete assim o que já fez quando comandou o país antes, de 2003 a 2010.

A iniciativa levanta questionamentos sobre o sentido econômico da aposta, assim como o sentido ambiental. Luiza Nassif, diretora do Made-USP (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo), disse em entrevista ao Nexo queum programa de incentivo a carros em 2023 é algo “curto-prazista” e dobra e triplica a aposta no rodoviarismo brasileiro, que já é defasado há muito tempo”.

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