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Banco Central deixa taxa de juros inalterada em 13,75% ao ano

Da Redação

21 de junho de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h27)

Comitê de Política Monetária mantém Selic igual pela sétima vez. Decisão vem apesar de melhora em expectativas econômicas e pressão do governo. Comunicado evita sinalizar movimento futuro

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FOTO: ADRIANO MACHADO/REUTERS/ 29.10.2019

Prédio do Banco Central do Brasil, em Brasília

Prédio do Banco Central do Brasil, em Brasília

O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (21) a manutenção da Selic em 13,75% ao ano.A decisão foi a sétima consecutiva que terminou com a taxa básica de juros inalterada.

No comunicado emitido, o órgão reconheceu a melhora do quadro inflacionário, mas afirmou que ainda há riscos que exigem cautela, e evitou sinalizar se poderá começar um ciclo de queda nos juros na próxima reunião, entre 1° e 2 de agosto.

JUROS

Meta para a taxa Selic no Brasil. Queda em 2020, depois forte alta entre março de 2021 e agosto de 2022. Desde então, manutenção em 13,75% ao ano.

Havia alguma expectativa entre agentes do mercado financeiro de que o comitê poderia sinalizar uma queda nos juros nos próximos meses. O órgão adotou um tom neutro ao justificar a decisão de manter a taxa em 13,75%, mas retirou um trecho em que dizia que poderia voltar a aumentar os juros, como destacou o jornal Folha de S.Paulo.

A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia. O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação

Comitê de Política Monetária

em comunicado divulgado na quarta-feira (21)

A manutenção aconteceu apesar da pressão feita por Luiz Inácio Lula da Silva e aliados. O presidente reclama do patamar da Selic, que considera alto demais, como mostrou o Nexo num Expresso em fevereiro.

A pressão ganhou corpo com o ambiente econômico mais positivo que o esperado no Brasil. Para além da queda da inflação e do PIB (Produto Interno Bruto) acima do projetado por economistas no primeiro trimestre, houve uma melhora das expectativas em torno dos principais indicadores. Num Expresso publicado na terça-feira (20), o Nexo explicou por que a economia vem superando as projeções em 2023.

Aliás, você sabe como o Banco Central opera a Selic? O Nexo te explica no vídeo abaixo .

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