Promulgada, reforma tributária aguarda regulamentação
Da Redação
20 de dezembro de 2023(atualizado 28/12/2023 às 22h16)Cerimônia no Congresso contou com presença de chefes dos Três Poderes. Bolsonaristas viraram as costas para mesa diretora durante hino nacional. União gradual de impostos sobre consumo começa em 2026
Fernando Haddad (ministro da Fazenda), Lula, Pacheco e Lira seguram emenda da reforma tributária
O Congresso promulgou nesta quarta-feira (20) a reforma tributária, emenda à constituição quesimplifica o sistema de recolhimento de impostos sobre o consumo no Brasil. O governo tem agora 180 dias para enviar projetos de lei complementar a fim de regulamentar as mudanças.
Estavam presentes no evento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — chefe do Poder Executivo —, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso — chefe do Poder Judiciário —, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — chefe do Poder Legislativo —, além de outras autoridades, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
27,5%
é de quanto será a alíquota base dos impostos sobre consumo, segundo estimativa do Ministério da Fazenda.
A reforma prevê que o conjunto de ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI será substituído por um modelo de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual:
Haverá ainda um Imposto Seletivo, para taxar mais produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros e combustíveis fósseis.
Contrários às mudanças, bolsonaristas viraram de costas na execução do hino nacional, conforme mostrou o site Metrópoles num vídeo publicado no Youtube.
A implementação do novo modelo começará em 2026, com adoção de alíquotas testes. No ano seguinte, em 2027, CBS e Imposto Seletivo, que unem tributos federais, entram em vigor (com exceções de IPI para bens produzidos na Zona Franca de Manaus). Já o IBS, que une tributos municipais e estaduais, será adotado gradativamente até 2033, como explicou o jornal Folha de S.Paulo.
A reforma tributária é discutida no Congresso há décadas, além de ser uma prioridade do governo Lula. A ideia é que as mudanças tragam efeitos que favoreçam o crescimento da economia do país a longo prazo. O Nexo publicou um gráfico ,na ocasião da aprovação do Senado, em que explica os principais pontos da reforma.
Agora, o governo planeja uma segunda fase da reforma tributária, esta ligada ao imposto de renda. Trata-se de uma medida que poderá ter forte impacto na desigualdade de renda dos brasileiros, como mostrou o Nexo num Expresso . A proposta deve ser enviada ao Congresso em 2024. Ela tende a sofrer mais resistência dos parlamentares.
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