FOTO: Adriano Machado/Reuters - 08.nov.2022

Valdemar Costa Neto fala em microfone

Valdemar Costa Neto foi preso em flagrante nesta quinta-feira (8) por porte ilegal de arma. O presidente do PL tinha um armamento com documentação irregular em sua residência em Brasília. Agentes também encontraram com ele uma pepita de ouro de aproximadamente 39 gramas. 

A detenção ocorreu enquanto policiais federais cumpriam mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Tempus Veritatis (hora da verdade, do latim), que apura uma tentativa de golpe por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes do seu entorno. Além dos dois, também foram alvos da ação nesta quinta (8):

• Walter Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil, candidato a vice de Bolsonaro em 2022 e general da reserva
• Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional e general da reserva 
• Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército, ex-ministro da Defesa e general da reserva
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
• Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha e almirante da reserva
• Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército e general de Exército da reserva

Segundo o blog da jornalista Camila Bomfim, no site G1, a arma encontrada na casa de Costa Neto estava registrada em nome do filho do político, além de estar com a documentação vencida.

A prisão em flagrante por posse ilegal de arma não tem relação direta com a operação em curso nesta quinta (8), mas foi realizada enquanto agentes faziam buscas na residência de Costa Neto, conforme pontuou o jornal O Globo.

Costa Neto foi encaminhado para a sede da Polícia Federal em Brasília, como registrou a rede CNN Brasil. Ele está detido sem a possibilidade de pagar fiança e ainda passará por audiência de custódia. 

Segundo laudo da perícia da Polícia Federal, reproduzido pelo site Metrópoles, a pepita de ouro encontrada com Costa Neto tem características do garimpo ilegal.

A operação deflagrada nesta quinta (8) foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, conforme relatou o Nexo. A Polícia Federal afirmou, no relatório que embasou a ação, que o PL foi usado para financiar uma tentativa de golpe de Estado. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, integrantes do partido informaram que também foram realizadas buscas no diretório nacional da legenda, em Brasília.

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