Enel diz ter resolvido apagão, mas 36 mil seguem sem luz em SP
Da Redação
17 de outubro de 2024(atualizado 17/10/2024 às 16h17)Em entrevista a jornalistas, presidente da empresa no Brasil diz que número de clientes sem abastecimento é ‘muito próximo da normalidade’
Presidente da Enel Guilherme Lencastre durante entrevista a jornalistas
Seis dias após a tempestade que deixou milhões de clientes sem luz na Grande São Paulo, Guilherme Lencastre, presidente da Enel Brasil, afirmou nesta quinta-feira (17) que o apagão foi resolvido.
No entanto, pelo menos 36 mil imóveis seguem no escuro. A empresa alegou que o número é considerado “muito próximo da normalidade”. Na entrevista a jornalistas, Lencastre também admitiu que o apagão atingiu 3,1 milhões de clientes – um milhão a mais do que o divulgado inicialmente pela empresa.
“Nós temos 8,2 milhões de clientes. Numa operação normal oscila entre esse patamar 36 [mil] ou pouco mais. Continuamos nossa força de tarefa mobilizada, atuando em campo. É possível que tenham casos de clientes mais antigos e esses são os prioritários que vamos estabelecer agora”
Guilherme Lencastre
presidente da Enel Brasil, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (17)
O anúncio de que a operação foi normalizada aconteceu pouco antes de vencer o prazo de 24 horas dado pela Justiça e pelo Ministério de Minas e Energia para que o fornecimento fosse restabelecido, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora em caso de descumprimento, como lembrou o jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo Lencastre, todos os pedidos de reparo registrados entre a sexta-feira (11) – data da tempestade que atingiu a região metropolitana – e o sábado (12) foram resolvidos. Apenas clientes com ocorrências a partir de 13 de outubro permanecem sem energia, afirmou o presidente da Enel, como reproduziu o site G1.
O jornal Folha de S.Paulo relatou que, apesar da alegação da empresa, localizou moradores da zona sul da capital paulista que fizeram solicitações no sábado (12) e que ainda permanecem sem luz em casa. Questionada pelo jornal, a empresa não respondeu até o início da tarde desta quinta (17).
Em Expresso, o Nexo contou como o recente apagão provocou novas contestações sobre a gestão da Enel, responsável pela energia na capital paulista e em cidades da região metropolitana. A empresa é criticada pela demora na resposta ao problema e por não cumprir o plano de contingência elaborado por ela própria depois de novembro de 2023, quando outro apagão deixou milhares de pessoas sem energia por mais de uma semana.
Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), que disputam o segundo turno das eleições municipais marcadas para 27 de outubro, têm trocado acusações sobre o tema, conforme mostrou o Nexo.
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