Amazônia tem menor taxa de desmatamento em 9 anos
Da Redação
06 de novembro de 2024(atualizado 06/11/2024 às 20h01)Dados são do Prodes, divulgados uma vez por ano e principal referência de monitoramento da floresta. Área destruída do Cerrado também diminuiu
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Imagem capturada por drone mostra terras desmatadas prontas para agricultura perto do rio Madeira em Humaitá, no estado do Amazonas
A área desmatada na Amazônia foi de 6.288 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024. Os dados são do Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e foram divulgados pelo governo federal nesta quarta-feira (6). O programa é considerado o mais preciso para medir as taxas anuais.
Em comparação com o levantamento anterior, do segundo semestre de 2022 até a metade de 2023, houve uma queda de 30,6% do total da área desmatada — essa é a menor área destruída da Amazônia desde 2015. Os dados dos últimos meses não mediram as queimadas de agosto e setembro da floresta, período em que o Amazonas ficou em estado de emergência ambiental por conta do fogo. Esses dados entram no próximo monitoramento.
“É uma ótima notícia em um dia de grande revés para a agenda de clima, por conta da eleição de Donald Trump. O número é expressivo e mostra que a eliminação do desmatamento no Brasil é possível”
Marcio Astrini
secretário executivo do Observatório do Clima, em entrevista ao site G1
Também foram divulgados nesta quarta-feira (6) os dados do projeto Prodes Cerrado, que revelaram que o bioma perdeu 8.174 km² de vegetação nativa entre agosto de 2023 e julho de 2024 – uma queda de 25,7% em relação ao período anterior, como contou o site G1.
Biomas do Brasil
A destruição caiu 76,4% do Matopiba, resultado da união das siglas dos quatro estados que o compõe: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A região é conhecida como a principal área de desmate no bioma: três em cada quatro hectares desmatados no Cerrado em 2023 foram nessas unidades federativas, conforme mostrou o Nexo no podcast Durma com Essa.
Os dados do Prodes são divulgados uma vez ao ano e servem de suporte para o planejamento de políticas de longo prazo. O programa existe desde 1988 e calcula a taxa anual de desmatamento por corte raso (ou seja, com eliminação de toda e qualquer vegetação em uma área em que antes havia floresta). O Nexo deu num Expresso um passo a passo para ler os dados do Inpe sobre desmate.
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