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A queda do dólar nas reservas internacionais

Gabriel Zanlorenssi e Giovanna Hemerly

01 de abril de 2025(atualizado 02/04/2025 às 08h19)

Dólar americano representa 57,8% da quantia alocada em moedas estrangeiras. Fatia superava 70% no começo dos anos 2000

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As reservas internacionais dos países são compostas pelo dinheiro em moeda estrangeira e pelos ativos, como ouro e prata. Ficam em posse dos bancos centrais ou das autoridades monetárias de cada país. 

As reservas cumprem várias funções para as nações, como fortalecer e estabilizar a moeda local, ganhar credibilidade no mercado internacional e facilitar o comércio internacional. Para isso, os países procuram moedas fortes para compor suas reservas.

A soma das reservas alocadas em moedas estrangeiras equivalia a mais de 12 trilhões de dólares no fim de 2024. Dentro desse total, o maior percentual estava guardado em moeda americana (57,8%), seguido pelo Euro (19,8%).

O dólar americano se consolidou como a principal escolha para as reservas internacionais após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o acordo de Bretton Woods. Ele atingiu seu pico de participação nas reservas em moedas estrangeiras no começo dos anos 2000, acima dos 70%.

Desde então, a moeda segue uma tendência de declínio, que não é tão simples de ser explicada. Apesar disso, seu valor se manteve estável frente a outras moedas fortes.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirma que há uma estratégia de diversificação das reservas internacionais, impulsionada pela facilidade de compra criada por novas tecnologias. As moedas tradicionais (dólar, euro, libra britânica e iene japonês) perderam espaço para os dólares australiano e canadense, além do renminbi chinês. O fundo ainda cita as moedas da Coreia do Sul, de Singapura e dos países nórdicos.

As sanções internacionais e uma busca por soberania nacional também levaram a uma busca pela desvalorização, principalmente por parte de China e Rússia. Os dados do FMI são os mesmos utilizados neste gráfico. Eles consideram as informações de 149 países, que concentram mais de 90% das reservas internacionais.

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