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Juliana Domingos

22 de maio de 2018(atualizado 28/12/2023 às 12h20)

Exposição e livro trazem imagens de guerras civis e revoltas ocorridas entre 1889 e 1964 e que propõem revisão da ideia do Brasil como país pacífico

FOTO: ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES /© ICCA E SOCIEDADE DO CANGAÇO

Cangaceiros decapitados expostos: 1. Lampião; 2. Quinta-feira; 3.Maria Bonita; 4. Luís Pedro; 5.Mergulhão; 6.Electrico; 7. Caixa de Fósforo; 8. Enedina; 9. Casarona; 10. não identificado; 11. Diferente; em 27/7/1938

Entre o golpe que deu origem à República, em 1889, e o que inaugurou a ditadura militar, em 1964, a ocorrência de uma série de conflitos armados que envolveram o Estado brasileiro contrasta com a imagem do senso comum de um país pacífico, de população cordial.

O registro fotográfico desses eventos, possibilidade inédita até meados do século 19, quando o recurso se difundiu pelo país, legou à história da fotografia no Brasil fragmentos de revoltas, revoluções, insurreições e guerras civis que se contrapõem, também, à tradição de representações icônicas do país – presentes, por exemplo, nos retratos da Bahia de Pierre Verger.

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