Série

A devastação contínua do meio ambiente e a pressão por mudanças

Natan Novelli Tu

16 de dezembro de 2020(atualizado 28/12/2023 às 13h04)

Ao longo do mês de dezembro, o ‘Nexo’ destaca 20 características do nosso tempo que foram escancaradas em 2020. Neste capítulo, fala sobre o agravamento da crise ambiental e as políticas do governo brasileiro na área

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FOTO: NACHO DOCE E UESLEI MARCELINO / SARIANA FERNANDEZ/REUTERS / NEXO

Montagem de duas fotos: em uma, homem transporta motosserra. Ele está passando por cima de um toco de árvore caído. À sua volta, pode-se ver bastante verde; em outra, em primeiro plano, homem com vestes de proteção em meio a cenário de chamas em floresta. Vários tocos de árvore são vistos

Devastação do meio ambiente por desmatamento e incêndios

Antes do surgimento do novo coronavírus, cientistas passaram anos alertando para os riscos de uma pandemia viral com profundos efeitos sanitários, sociais e econômicos. O mesmo acontece com a crise climática e ambiental, que se agravou em 2020, e cujas práticas predatórias têm relação direta com a emergência desse e de futuros novos vírus .

Os incêndios florestais registrados em lugares como a costa oeste americana e o Pantanal brasileiro foram os maiores em quase duas décadas. O bioma nacional quebrou recordes de focos de fogo , que consumiram 29% da sua cobertura e afetou a vida silvestre . No sul do país, os Pampas também atingiram números inéditos de área queimada.

A Amazônia registrou, entre agosto de 2019 e julho de 2020, a taxa de desmatamento mais alta dos últimos 12 anos. A derrubada da cobertura vegetal seguida por fogo cresceu em terras indígenas , num contexto de avanço de garimpeiros, grileiros e madeireiros . Os invasores se beneficiaram da precarização de órgãos ambientais e indigenistas durante a pandemia de novo coronavírus, e levaram a doença para dentro desses territórios.

Em 2020, as pressões sobre o governo de Jair Bolsonaro por ações contra a devastação ambiental se acentuaram, e vieram de blocos de países , investidores e ex-ministros da área econômica . Em 2021, com a vitória de Joe Biden para a presidência dos EUA, poderão vir também do governo americano.

Enquanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendia flexibilizar regras ambientais, o governo federal criou o Conselho Nacional da Amazônia , chefiado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. Mas a “ boiada ” de um governo que nega a emergência climática continuou a passar, com a flexibilização da fiscalização , a militarização de órgão ambientais , a paralisação da cobrança de multas ambientais e a diminuição de operações de campo.

Abaixo, o Nexo lista cinco conteúdos publicados em 2020 que ajudam a revisitar e entender o assunto.

FOTO: ARAQUÉM ALCÂNTARA/FLICKR

Imagem aérea de um rio tortuoso, em torno do qual há uma floresta densa e muito verde.

Imagem aérea do rio Solimões, na Amazônia

O que será da Amazônia?

De seus povos, de sua água, dos animais, daquela imensidão toda. Como transformar esse patrimônio em motivo de orgulho e preservação? Líderes indígenas, cientistas e fotojornalistas indicam caminhos possíveis para evitar que ela seja devastada

Leia na íntegra

FOTO: AMANDA PEROBELLI/REUTERS – 28.AGO.2020

Sob céu alaranjado, dois bombeiros sobem em cima de caminhão para esguichar água em mato seco

Bombeiros apagam foco de incêndio no Pantanal, na cidade de Poconé (MT)

Por que é tão difícil apontar culpados para crimes ambientais

Presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente fala ao ‘Nexo’ sobre os impasses da penalização

Leia na íntegra

FOTO: REPRODUÇÃO/ARQUIVO PESSOAL

Onça com semblante cansado está deitado sobre caixas de papelão com patinhas envoltas por curativos

Onça-pintada é resgatada com patas queimadas

O estrago da onda de incêndios para os animais do Pantanal

Queimadas atingiram áreas em que estão as maiores concentrações de araras-azuis e onças-pintadas no mundo. A fauna poderá levar de 20 a 30 anos para se recuperar completamente

Leia na íntegra

FOTO: XXSTRINGERXX/REUTERS

Indígena yanomami em frente a mina ilegal de ouro na floresta Amazônica

Yanomami acompanha agentes do Ibama em uma operação contra mineração ilegal de ouro em terra indígena na Amazônia

Como a pandemia agrava o risco de invasões em terras indígenas

Crise de saúde pública virou oportunidade para grileiros, garimpeiros e madeireiros avançarem sobre áreas protegidas. Ações representam perigo à saúde dos povos tradicionais, que são mais vulneráveis à covid-19

Leia na íntegra

FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 06.DEZ.2019

Foto aérea. Na parte debaixo, Amazônia intacta; na parte de cima, ela pega fogo, muita fumaça, e partes em cinza

Trecho da floresta amazônica pega fogo

As queimadas na Amazônia explicadas em 10 pontos

O fogo nos ajudou a evoluir devido ao seu uso para o preparo da terra na agricultura e para cozinhar alimentos. Mas agora esse aliado parece estar fora de controle, trazendo consequências para a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos

Leia na íntegra

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