FOTO: PRESS SERVICE OF THE JOINT FORCES OPERATION/VIA REUTERS – 27.01.2022

Tropas ucranianas posicionam artilharia em Kherson, perto da fronteira com a Crimeia

A Rússia e os países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) vêm posicionando desde pelo menos novembro de 2021 suas tropas no Leste Europeu, enquanto crescem as ameaças mútuas de um conflito armado entre os dois lados. No centro da disputa está a Ucrânia – país que em 2014 já perdeu uma parte do território, a Crimeia, para os russos, e agora teme que o mesmo ocorra, total ou parcialmente, com a região do Donbass.

Para Olev Ignatov , analista sênior para assuntos ligados à Rússia no centro de estudos Crisis Group , que tem sede em Bruxelas, na Bélgica, uma guerra aberta entre a Otan e Moscou não é o cenário mais provável para a crise, que ainda deve se alongar. “A Rússia e o Ocidente ficarão presos em longas negociações, ou a Rússia continuará aumentando a pressão, inclusive por meio de medidas militares, tentando forçar o Ocidente a fazer concessões”, disse nesta entrevista ao Nexo , concedida por escrito na quarta-feira (26).