Entrevista

‘Gambiarras jurídicas são usadas para criminalizar o funk’

Fredy Alexandrakis

12 de junho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h33)

Pesquisador e autor de livro sobre o tema, Danilo Cymrot fala ao ‘Nexo’ sobre a complicada relação do Estado brasileiro com o gênero musical, mesmo com sua popularidade massiva

FOTO: AMANDA PEROBELLI/REUTERS – 4.DEZ.2019

Em protesto de rua, homem levanta cartaz com ilustração de menino em periferia com arma apontada para sua cabeça

Moradores de Paraisópolis, bairro da zona sul de São Paulo, protestam após nove pessoas morrerem em baile funk após ação policial, em 2019

A popularidade massiva e o reconhecimento internacional alcançados pelo funk, por meio de artistas como Anitta , pode não ser suficiente para alterar a realidade de repressão do gênero musical nas periferias. É o que pensa o pesquisador Danilo Cymrot, doutor em direito pela Universidade de São Paulo e autor do livro “O funk na batida: baile, rua e parlamento”, lançado em maio pela Edições Sesc São Paulo.

Apesar de não ser formalmente criminalizado no Brasil, o ritmo é alvo de “gambiarras jurídicas” que dificultam a realização lícita dos bailes funk, segundo o autor. É uma política que dá lugar a contradições: “Em 2019, Ludmilla conseguiu sucesso extraordinário, mas jovens morreram pisoteados em [um baile em] Paraisópolis [bairro da zona sul de São Paulo] por causa da repressão policial”, destaca Cymrot.

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