FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER – 03.AGO.2021

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou na terça-feira (10) que deixará o cargo, após uma investigação o acusar de assediar sexualmente 11 mulheres. Ele nega as acusações. As pressões pela saída do governador, até então visto como um possível candidato à Presidência, vinham aumentando nos últimos dias, inclusive com pedidos do presidente Joe Biden para que renunciasse.

Democrata que desde 2011 atuava como governador do quarto estado mais populoso dos Estados Unidos, Cuomo fez o anúncio uma semana depois que a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, divulgou os resultados de uma investigação independente, de cinco meses, que concluiu que sua conduta violou leis federais e estaduais. O governador informou que deixará o cargo em 14 dias.

Em um relatório de 168 páginas, a investigação aponta que Cuomo apalpou, beijou ou fez comentários sugestivos para mulheres, incluindo atuais e ex-funcionárias do governo, sendo uma delas policial estadual. Ele teria retaliado pelo menos uma mulher que o acusou de má conduta sexual. Cuomo nega qualquer irregularidade.

A renúncia, que o poupou de um possível processo de impeachment na Assembleia estadual, marca a segunda vez em 13 anos que um governador de Nova York renuncia após um escândalo. Em 2008, Eliot Spitzer deixou o cargo por envolvimento com prostitutas.

O cargo será ocupado até o final do mandato de Cuomo, em dezembro de 2022, pela vice-governadora Kathy Hochul, uma democrata do oeste de Nova York. Advogada que já participou de campanhas contra o assédio sexual, ela será a primeira mulher a comandar o estado.

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