Extra

Doria pede impeachment de Bolsonaro, mas PSDB ainda não decidiu

Da Redação

07 de setembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h20)

Governador de São Paulo, que se elegeu na onda de extrema direita bolsonarista e depois se afastou do Planalto, defende pela primeira deposição do presidente

O Nexo depende de você para financiar seu trabalho e seguir produzindo um jornalismo de qualidade, no qual se pode confiar.Conheça nossos planos de assinatura.Junte-se ao Nexo! Seu apoio é fundamental.

Temas

Compartilhe

FOTO: CARLA CARNIEL/REUTERS – 04.MAR.2021

O governador de São Paulo, João Doria

O governador de São Paulo, João Doria

Apesar de fazer oposição às decisões de Jair Bolsonaro desde o início da pandemia de covid-19 em março de 2020, João Doria (PSDB-SP) ainda não havia defendido publicamente seu impeachment. Nesta terça-feira (7), pela primeira vez, ele se posicionou pela deposição do presidente, em dia de atos pró-governo pelo país. Os tucanos divulgaram nota anunciando uma reunião da direção do partido para esta quarta-feira (8) a fim de debater o tema.

Em um pronunciamento no Centro de Operações da PM, onde monitorava o esquema de policiamento das manifestações na capital, Doria afirmou que decidiu deixar de lado a posição de neutralidade em relação ao impeachment depois de assistir à fala de Bolsonaro em Brasília nesta manhã, na qual o presidente voltou a atacar o Supremo. Mais tarde, em São Paulo, o presidente chegou a dizer que não vai cumprir ordens judiciais do ministro do tribunal Alexandre de Moraes.

Bolsonaro claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira

João Doria

governador de São Paulo, em fala neste 7 de setembro do Centro de Operações da PM

Doria foi eleito governador na onda de extrema direita de 2018, apoiando Bolsonaro e associando seu próprio nome ao dele. No PSDB, ainda hoje, há alas próximas do governo federal.Durante a rejeição pelo voto impresso, em agosto, 14 dos 31 deputados tucanos votaram a favor da bandeira usada pelo presidente para atacar o sistema eleitoral brasileiro. Em 2014, após a derrota do tucano Aécio Neves para a petista Dilma Rousseff, o PSDB pediu auditoria nas urnas a partir de boatos na internet, legitimando teorias da conspiração que circulavam pelas redes e que hoje dão sustentação ao discurso bolsonarista.

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, declarou nesta terça (7) que o país chegou ao “limite da dignidade política” . “Tem de haver posição clara do que pensa e como age cada partido em relação a esse vergonhoso momento da história brasileira”, afirmou.

O movimento do PSDB vem se juntar ao de outros partidos. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, havia dito na segunda-feira (6) que se Bolsonaro radicalizasse o discurso em 7 de setembro seu partido poderia passar a pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a fim de que ele analise um dos mais de cem pedidos de impeachment protocolados em Brasília .

Continue no tema

NEWSLETTER GRATUITA

Nexo | Hoje

Enviada à noite de segunda a sexta-feira com os fatos mais importantes do dia

Este site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço Google se aplicam.

Gráficos

nos eixos

O melhor em dados e gráficos selecionados por nosso time de infografia para você

Este site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço Google se aplicam.

Navegue por temas