Pfizer diz que vacina é segura e eficaz para crianças de 5 a 11 anos

Da Redação

20 de setembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h24)

Farmacêutica americana e a empresa BioNTech anunciaram que a resposta imune e o perfil de segurança foi comparável ao da faixa etária de 16 a 25 anos, que havia sido testada previamente

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FOTO: CARLOS OSORIO/REUTERS – 14.DEZ.2020

Mão usando luva de latex segura seringa inserida em frasco de vacina, que contém um líquido transparente. Em uma parte do rótulo, é possível ler o nome da Pfizer

Profissional de saúde prepara dose de vacina da Pfizer/BioNTEch em Toronto, no Canadá

A Pfizer e a BioNTech afirmaram nesta segunda-feira (20) que a vacina contra a covid-19 que desenvolveram em parceria é segura e induz uma resposta imune “robusta” em crianças de 5 a 11 anos de idade. A farmacêutica americana e a empresa alemã de biotecnologia anunciaram que pretendem pedir autorizaçãoàs autoridades sanitárias dos Estados Unidos, da Europa e de outras regiões para que a vacina seja aplicada na faixa etária.

As empresas disseram que os resultados obtidos nos testes realizados se comparam ao que foi observado entre pessoas de 16 a 25 anos de idade. O perfil de segurança também foi, no geral, comparável ao da faixa etária dos jovens adultos, afirmaram. A dose utilizada representa um terço da aplicada em pessoas com 12 anos ou mais.

“O perfil de segurança e os dados de imunogenicidade em crianças de 5 a 11 anos vacinadas com uma dose mais baixa são consistentes com aqueles que observamos com nossa vacina em outras populações mais velhas com uma dose mais alta”

Ugur Sahin

Ceo e cofundador da BioNTech, em comunicado à imprensa.

Os resultados foram anunciados em um comunicado que não incluiu dados detalhados do ensaio. As descobertas ainda não foram revisadas por pares nem publicadas em revista científica.

A Pfizer é a única vacina que pode ser aplicada em menores de idade no Brasil. O imunizante pode ser usado em adolescentes a partir dos 12 anos, conforme autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitida em junho 2021. Em 15 de setembro, o Ministério da Saúde publicou nota informativa desencorajando a vacinação de jovens sem comorbidades, decisão que representou a adesão da pasta comandada pelo ministro Marcelo Queiroga ao anticientificismo . A medida foi criticada por especialistas e considerada sem embasamento pela Anvisa.