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Só governo federal deve decidir sobre passaporte vacinal, diz Bolsonaro

Da Redação

05 de dezembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h33)

Em entrevista, presidente afirmou que mandará medida provisória ao Congresso para mudar regulação do tema e voltou a questionar eficácia dos imunizantes

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FOTO: UESLEI MARCELINO /REUTERS

Bolsonaro olha para a frente com expressão preocupada. Ao fundo, uma bandeira do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (5) que pretende encaminhar ao Congresso uma medida provisória para determinar que apenas o governo federal possa decidir sobre a obrigatoriedade do passaporte da vacina. A declaração foi dada durante uma entrevista ao portal Poder360, em que o mandatário voltou a questionar a eficácia dos imunizantes contra o novo coronavírus.

A afirmação ecoa o embate de meados de abril de 2020, no início da pandemia no Brasil, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu que estados e municípios também teriam autonomia, além do governo federal, para determinar medidas de combate à doença. Desde então, Bolsonaro vem se isentando de responsabilidades dizendo que não poderia tomar decisões porque elas caberiam aos governadores e prefeitos.

“Por mim, a vacina é opcional. Eu poderia, como eu posso hoje em dia, partir para uma vacinação obrigatória, mas jamais faria isso porque, apesar de vocês não acreditarem, eu defendo a verdade e a democracia. Agora, não pode dar para prefeitos e governadores essa liberdade. Sei que a maioria não está adotando isso, mas tem alguns que já estão ameaçando, ameaçando demissão”

Jair Bolsonaro

presidente da República, em entrevista o portal Poder360 em 5 de dezembro de 2021

Bolsonaro criticou o passaporte da vacina e as consequências para quem não quiser se imunizar. “Por exemplo: eu não tomei vacina. Alguém vai me demitir por causa disso?”, disse.

O presidente também afirmou, novamente sem apresentar dados ou evidências, que as pessoas que foram infectadas estão mais imunes à covid-19 do que as que se vacinaram, disse ser contra a imunização de crianças e adolescentes e levantou dúvidas sobre a eficácia das vacinas.

Diversos estudos vêm comprovando a efetividade dos imunizantes e sua relação com a queda nos indicadores da pandemia nos países com um alto percentual de vacinados. Um levantamento da Info Tracker, plataforma de dados da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), publicado pelo portal UOL neste domingo (5), revelou que não vacinados são 80% dos mortos e internados por covid-19 no Brasil e que desde março, quando a segunda dose do imunizante passou a ser aplicada entre os brasileiros, as mortes pela doença despencaram 94%.

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